3 de maio de 2024
HistóriaPolítica

ESSA GENTE BACANA MOSTRA SEU VALOR

Sessão do Conselho de Estado (1922) – Georgina de Albuquerque – Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro *** Em 2 de setembro de 1822. Dona Leopoldina, investida nas funções de Princesa Regente, cercada pelo Ministério, ouve de José Bonifácio de Andrada e Silva os argumentos pela imediata Proclamação da Independência do Brasil. Motivada por esta reunião, D. Leopoldina teria escrito a carta que, lida às margens do Ipiranga, levou D. Pedro a romper com as Cortes de Lisboa.

Que são espertos, nem precisava ser dito pela canção .

Nascem craques.

Sabem, como poucos, prometer o impossível e justificar a falta do prometido.

E de botar nomes nas coisas.

Ao batizar o esquema secreto dos partidos, o deputado de nervos de aço escolheu a palavra certa que resumia tudo.

Foi direto

Uma bolada, coisa grande, poderosa, repetida.                           

Explicou depois que não havia periodicidade, mas isso não fez a menor diferença.

Mensalão.

Quando pegou muita gente, já tinha pegado como virose imune a vacina.

Não foi necessário dar o nome dos bois.

Só identificou as boiadas que depois, ficou-se sabendo, era o rebanho inteiro.

De poucas novilhas e muitas vacas. Todas profanas.

A história completa, nunca será revelada

Pelo pouco que  foi contado, até os caçadores de mal feitos não respeitaram  as regras do jogo, nem as quatro linhas da legalidade, em conversas que se tem em  círculo de intimidade. Quando se fica à vontade para falar besteira, bobagem, e ser até de certo modo, irresponsável.

Refresco na  pimenta dos outros.

São sacanas.

Prática comum em todas as casas legislativas desde o Império, o pedágio cobrado aos assessores, não encontra consenso jurídico.

Crime, peculato, concussão, para alguns.                      

Outros, improbidade.

Até, quem considere reles desvio moral, na negociação entre particulares.

Para quem já nasce bamba, e leva a vida com alegria, uma coisa pequena, escondida, reservada, íntima, para dois, não poderia ter rótulo melhor.

Rachadinha.

Que continua impune, aperfeiçoada a cada campanha política, em divisões de escandalosos fundos partidários, orçamentos secretos e cargos desnecessários.

Mulheres no Cafezal (1930) – Georgina de Albuquerque – Pinacoteca do Estado de São Paulo.

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