1 de maio de 2024
Coronavírus

FICÇÃO REAL

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Quem se atrave a escrever sobre coisas do futuro, corre o risco, de em pouco tempo, descobrir-se comedido nos devaneios.

Quem há um ano, haveria de prever que o mundo, paralisado de medo, fecharia para balanço?

A nova geração, as crianças de hoje, chegarão às portas da percepção do admitavel mundo novo, muito antes que  imaginado por Aldous Huxley.

          (Publicação original em 23/07/2019)


ENTRANDO EM ALPHA

Um mundo melhor. Como nunca existiu.

É o que se espera dos netos dos baby boomers,  nascidos de 2010 pra cá.

A vez, a hora e o futuro, a eles pertencem.

Essa turminha está se preparando para consertar os malfeitos e estragos deixados por quem veio antes , ficou pra trás ou ainda está por aqui.

Na sucessão de gerações, depois das X, Y e Z, na  falta de mais letras no alfabeto, foi dado reset, reinicializada e batizada de Geração Alpha.

Crianças que já nascem em ambiente tecnológico.  Serão mais independentes e aptas para resolver problemas.

Recebendo carga maior de estímulos, mais inteligentes e resolutivas serão.

Vivem em ambiente com menos hierarquia, mais diálogo e diversidade.

Não adiantam reclamações que acabou o respeito aos pais.  Melhor economizarmos o pouco tempo que nos resta.

Eles não vão  pedir a benção, nem permissão para fazer o que acham certo. Nem a pau.                  

É bom já-ir-se-acostumando. Papai  e mamãe, vocês vão ser chamados é de vocês, mesmo.        

O Senhor e a Senhora estão no Céu, diria nossa bisavó.

Serão cada vez mais independentes. Naturais. Ecológicos. Sinceros. Felizes.

Trabalharão muito menos que nosotros, os velhos burros de carga. Acumularão menos. Viverão com o essencial.  Sai o lazer, entra o viver. Completamente.

O resto, a inteligência artificial proverá.

Solte-se a imaginação. Alada.

Quais serão as atividades de um médico que vai colar grau (será encontrado outro termo com menos naftalina) em 2040?

Cirurgião, não vai ser. O robô já está quase operando sozinho.    Radiologista?                               

A transsonância fará o exame e mandará imagens esculpidas e laudos para o cleverphone do médico.

Mas pera lá. Vai ser preciso, um médico pra fazer, o que?

Consultas, pedir exames, prescrever.

Vôts, essas coisas de 12?                     2012.

Quem vai substituir o esculápio, o nome ninguém sabe.

A profissão ainda não existe. Muito menos, conhecidas suas competências .

O próprio paciente. Ou melhor, a própria pessoa que quer saber o que não está funcionando bem no seu corpo, vai alimentar o Health Card com o rol dos sintomas e um algoritmo, calculado ali, na lata, soltará um diagnóstico no capricho.

Com 99,9% de acerto.

Acompanhado do esquema terapêutico.

O que ainda não dá pra prever é o que será feito das coisas obsoletas e inúteis.

E com os políticos.

Aceitam-se sugestões.    

Enviar mensagem teletransmutável  para a AAAG.

Administração Automatizada Autônoma Global.

 


   

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