2 de maio de 2024
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Flávio Bolsonaro diz que pai não tentou dar golpe e não saber nada sobre hospedagem em Embaixada

Em entrevista ao Roda Viva, Flávio Bolsonaro disse que seu pai não tentou golpear a democracia —”Se eu quiser te vender um terreno na lua agora, você vai aceitar?— e jamais cogitou asilar-se na embaixada da Hungria —”Se ele quisesse ir lá pedir asilo político, ele teria ficado”.

Deve-se ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid o relato mais constrangedor sobre a tentativa de Bolsonaro de converter a democracia num loteamento lunar. Expôs a escritura, na forma de minutas golpistas, aos comandantes militares.

O general Freire Gomes (Exército) e o brigadeiro Baptista Júnior (Aeronáutica), contaram à PF ter recusado o convite para levar as Forças Armadas para o mundo da lua. Para desassossego do capitão, tentar o golpe já é um crime

Sobre os dois pernoites de Bolsonaro na embaixada húngara, o primogênito diz coisa definitiva:

—”Não tem esse papo de fugir e pedir asilo”—, mas não consegue definir muito bem a coisa. Pede à plateia que se faça de boba e acredite que não tratou dos detalhes da estadia com o pai —”Ele não abre para ninguém.”

Na mesma entrevista, Flávio disse: “Não defendo milícias”. Quando era deputado estadual, o agora senador homenageou com menções honrosas na Assembleia Legislativa do Rio dois PMs tóxicos: Ronald Paulo Alves Pereira e Adriano Magalhães da Nóbrega que chefiaram o célebre Escritório do Crime. Adriano ganhou também a Medalha Tiradentes, mais alta honraria da Alerj. E teve a mãe e uma ex-mulher encaixadas na rachadinha do gabinete de Flávio.

Quer dizer: o capitão não tolera golpe e não pensa em fuga.

Seu primogênito não suporta milicianos. O único problema do clã Bolsonaro é mentir um pouquinho.

Por Josias de Souza no UOL

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