FORAM-SE OS DROPS
Tem dia que a vida está mais pra colcha-de-retalhos que matelassê.
Sem longa-metragens, só os curtas.
O interesse vem em pequenos pedaços, separados, sem muita conexão com os outros. Variados temas e sabores.
Ou não.
Só os mais antigos vão entender.
Lembram dos drops?
Eram encontrados em todo canto. Mais nas portas das escolas e dos cinemas. Vendedores ambulantes com suas caixas de confeitos, penduradas no pescoço, fazendo barulho pra chamar a atenção, com o chiclete sem ser de bola.
[Aviso aos menores de 50: nos vemos amanhã com um assunto mais contemporâneo].
Segue a sequência.
Ainda não tinha pegado, o flúor na prevenção das cáries.
Uma guerra para convencer os terraplanistas da época que acreditavam que a adição da substância protetora no tratamento da água, causaria muito mais problemas. Quando não matava, aleijava. O feto.
Mas isso é outro assunto, fora da caixa de guloseimas.
Hoje, as notícias chegam em cookies. O leitor mais que dinâmico, rejeita o assunto ou se dá por satisfeito com o resumo e dispensa o corpo e a profundidade da matéria.
E já parte para dar sua opinião. Quase própria. Abalizada. De fonte segura e secreta.
Neste mundo de trevas, o reino da luz peleja e a vitória parece cada vez mais longe.
A vacina redentora tarda.
Quando chegar, ainda terá dificuldades.
Outra guerra.
Para atingir todos, em todos os lugares, gratuita.
Logística que só quem tem know-how, sejamos sinceros, infelizmente, são eles. Os adversários.
Teremos que aprender com a estratégia dos inimigos.
Ataque universal.
Simultâneo, em tempo variável.
Invasão inesperada.
Toda carga. Arrefecimento. Na terra arrasada, um pelotão pronto para voltar ao ataque.
O Dr. Mandetta tanto falou.
A energia que se gasta, o tempo que se perde.É mecanismo de defesa. Pura negação.
Preferimos distorcer a cruel realidade. Mantê-la desviada do foco.
Precisa provar que o capitão-presidente queria interferir na Polícia Federal para proteger os numerados travessos?
Tem como comparar o Brasil com a Suécia? Em qualquer aspecto, incluídas ações face o coronavírus.
Qual o interesse na manchetona da falta de planos para o lockdown papa-jerimum? E nos outros planos? Se planos tiverem, além da contagem mórbida.
Que o dólar beira os seis reais. E daí?
Onde os rentistas e especuladores vão aplicar seus cobres? E daí?
Economia em frangalhos, quem vai acertar previsão de queda dos indicadores? INPC, IPCA, IGP-M, PIB. E daí?
A favor ou contra mostrar a fita completa. Ou somente partes?
Desculpem as senhoras, os senhores e os senhores generais pudicos.
Dá nisso a convivência com ministros boquirrotos.
E além do mais, como diria a priora, não existe meia cópula.
Sabem de uma coisa?
Foram-se.
Sexo é ótimo com ou sem coronavírus.