12 de maio de 2024
futebol

Funcionária da CBF recusou acordo de R$ 12 milhões com presidente Caboclo

54808203_303 UOL A decisão da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro que afastou Rogério Caboclo da presidência da CBF foi o desfecho de uma série de acontecimentos iniciada na sexta-feira no âmbito do órgão que apura desvios de conduta. A gravidade das provas apresentadas pela funcionária da CBF, que denunciou Caboclo e pediu sigilo, é o fio condutor da história.

Ela entregou à Comissão de Ética três arquivos de áudio, acompanhados de três transcrições. Os conselheiros ouviram e leram o conteúdo antes de tomarem a decisão de ontem (6).

Pelas provas, Caboclo faz comentários considerados “absolutamente inapropriados”, na visão da comissão de ética, a respeito de sua vida conjugal e sexual, além de questionamentos dirigidos à funcionária de forma “constrangedora”.

A funcionária ainda gravou o momento no qual deixou a sala do presidência e fugiu do diálogo. Em outro áudio, Caboclo ainda adotou mais condutas inadequadas ao cargo.

Para pedir uma decisão imediata da comissão de ética, os dirigentes argumentaram que a notícia sobre o então presidente da CBF pegou a todos de surpresa, gerou repercussão negativa e abalou a relação com patrocinadores.

Os julgadores enxergaram um ambiente insuportável para o desenvolvimento dos trabalhos da funcionária, além de considerarem incompatível o comportamento de Caboclo. O presidente afastado nega todas as acusações.

O artigo 143 do estatuto da CBF concedeu à diretoria da entidade de concretizar a determinação do afastamento compulsório e, por ora, temporário – 30 dias – de Caboclo.

A DEFESA

Em nota, a defesa do dirigente informa que “Rogério Caboclo nega veementemente ter cometido qualquer ato de assédio. Embora ele reconheça que houve brincadeiras inadequadas e excesso de intimidade, é preciso deixar claro que essas decorreram do fato de que havia uma relação de amizade entre ambos, que a denunciante esteve várias vezes na casa dele, convivia com sua família e que ambos conversavam com frequência sobre assuntos de natureza pessoal.

Mas jamais ele se aproximou fisicamente da denunciante, menos ainda fez qualquer movimento ou proposta no sentido de se aproveitar de forma libidinosa dela.

DO TL 

É importante lembrar que não se faz necessário contato físico para configuração do crime de assédio.

A denunciante deixou claro em declaração ao Fantástico,  que recusou acordo de R$ 12 milhões para evitar a divulgação dos audio de conversa com Caboclo.

O material não só foi divulgado, mas determinante para o afastamento do dirigente do cargo.

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