2 de maio de 2024
Política

Fusão do PP com União Brasil subiu no telhado

A possibilidade de uma fusão entre os partidos União Brasil e PP perdeu força nos últimos dias, após novas conversas entre os dirigentes das legendas.

Pessoas próximas ao ministro Ciro Nogueira, um dos maiores interessados na aliança, já dizem que a chance de fusão, hoje, virou “zero”.

No lugar, integrantes do PP querem propor uma federação, que serviria para manter a identidade e os comandos dos dois partidos separados, mas ao mesmo tempo garantir a maior bancada do Congresso e os benefícios que isso envolve, como a prioridade na divisão das comissões.

Na última terça (4), em São Paulo, Ciro Nogueira e o vice do União, Antonio Rueda, admitiram a aliados que a ideia de fusão tinha poucas chances de prosperar e passaram a desenhar o formato jurídico para viabilizar a federação, que precisa ocorrer até fevereiro para a distribuição das comissões no início da próxima legislatura. Os dois se encontraram em São Paulo.

TSE SÓ ADMITE FUSÃO EM LEGENDA COM MAIS DE 5 ANOS 

No União, a leitura da cúpula é a de que a federação poderia servir como um “namoro” entre os partidos. Se tudo desse certo, a fusão ainda poderia ocorrer depois.

Mas, existe ainda uma dúvida sobre possíveis travas legais para a empreitada, considerando que o TSE só permite a fusão para partidos que tenham tido registro definitivo há mais de cinco anos, e o União obteve novo registro este ano, após a junção de PSL e DEM.

No PP, a possibilidade de fusão incomodou alguns membros da sigla que são adversários do União nos Estados, e caciques admitem que isso pode gerar algumas desfiliações nas bancadas.

Em caso de federação, as legendas tem que ficar unidas pelos próximos quatro anos, o que vai impactar o próximo pleito municipal.

Também há incômodo no União, que considera que a cúpula do partido deu andamento a essa possibilidade sem consultar a base.

“Com relação à fusão, federação, o que é for, isso é discussão de um ou dois na cúpula. Não tem nenhuma ressonância na base. Sou absolutamente contra. A gente nem digeriu a primeira fusão, já querem fazer a segunda. Tem que ser discutido amplamente”, disse o ex-ministro Mendonça Filho (União-PE), que promete liderar posição contrária na bancada eleita.

Fonte: Estadão

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