Governadores unidos para defender ICMS de combustíveis dos Estados
Da Folha
A declaração do presidente Bolsonaro, culpando o ICMS dos Estados pelo preço alto dos combustíveis não desceu redondo para os governadores.
A investida foi interpretada como ataque institucional e gerou reação no grupo de Whatsapp dos governadores.
A mobilização começou com João Doria (PSDB-SP), seguido por Wilson Witzel (PSC-RJ) e Hélder Barbalho (MDB-PA).
O paulista e o paraense classificaram o ato de Bolsonaro como “irresponsável”.
Witzel disse que assinaria qualquer tipo de nota contra as afirmações.
Dos 27 governadores, 23 assinaram a nota conjunta nesta segunda (3) sugerindo que, em vez do ICMS, Bolsonaro cortasse tributos federais que incidem sobre os combustíveis.
Mais do quediscurso político, lideranças regionais queixam-se de que o ICMS dos combustíveis representa 20% da arrecadação dos estados.
Propor reduzir a cobrança seria “populismo” no momento em que muitos estão em crise fiscal.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), foi o único a se manifestar dizendo que não assinaria o documento por seu alinhamento a Bolsonaro.
Já Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Mauro Carlesse (DEM-TO) ficaram mudos.