8 de maio de 2024
Direto de Brasília

Governo pode demitir presidente do BC, enquanto empresários dizem que não adianta quebrar termômetro

As críticas de integrantes do governo Lula contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não se limitam à manutenção da taxa de juros alta no primeiro mês do atual governo.

Eles relembram que, por dois anos consecutivos, em 2021 e no ano eleitoral de 2022, as metas de inflação estouraram no governo de Jair Bolsonaro (PL),quando a responsabilidade de controlá-la já era de Campos Neto.

Pela Lei 179/21, que definiu a autonomia do Banco Central, o presidente da instituição pode ser exonerado quando apresentar “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil”. Seria o caso de Campos Neto.

O OUTRO LADO DEFENDE CAMPOS NETO 

Empresários não concordam com a opinião do presidente Lula da Silva.

É o caso de Flávio Rocha, dono da Riachuelo, diz que vê projeto eleitoral e defende contenção de gasto público. “O que pressiona o juro para cima é a perspectiva que o mercado está tendo de forte crescimento do gasto público. Acabar com a independência do Banco Central, explodir o gasto público e colocar o BC subordinado ao governo federal é simplesmente quebrar o termômetro. Tem duas maneiras de curar a febre: descobrir a causa e recomendar o antibiótico correto ou quebrar o termômetro, o que significa deixar de ver os sintomas.

Você tem que atacar os sintomas, não quebrar o termômetro”, diz o empresário.

Fonte: Folha

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