História (feia) da política brasileira

 

 Roda Viva – Tribuna do Norte – 30/10/22

Testemunha de um ato dignificante da política brasileira, assim como do seu outro lado, o colunista não quis ser omisso diante da decisão do Partido Novo suspender afiliação do seu criador, João Amoedo, candidato a Presidente da República, em 2018, quando lhe deu credibilidade.

É a história de um jovem empresário de 40 anos, que descobriu portador de um câncer raro, invasivo e letal.

Isso há bons 20 anos. Amigo da família acompanhei o tratamento, a cura e a mudança na vida de João Dionísio (assim chamado em família), que também descobriu-se milionário e possuidor de recursos suficientes para não precisar mais trabalhar.

E procurando um sentido para a sua vida achou que a melhor ocupação era criar um partido político sem os vícios dos existentes.

Amoedo entrou na política descobrindo as dificuldades de criar um partido político, que lhe consumiu mais de dois anos e um milhão de dólares.

Criado o partido, veio a luta da busca de adeptos, tendo o ponto alto na sua candidatura a Presidente.

Depois apareceram novos donos do Novo, que assumiram sua direção e não abriram para o fundador. Agora completaram a história feia: suspender sua filiação, pelo crime de ter “anunciado” o seu voto em Lula.

Isso num partido político criado para defender o liberalismo.