HOTEL DE CAMPANHA
Enquanto o hospital não fica pronto, e pelo visto e escutado, vai demorar mais um pouco, por que não transformá-lo em hotel?
De campanha. (Sem ato falho).
Nos países onde a destruição pela Covid-19 chegou primeiro, as primeiras vítimas foram idosos.
Hoje, já se conclui ter sido um grande erro ter deixado que eles adoecessem nos lares geriátricos e só depois do agravamento, levá-los aos hospitais. Sem mais tempo de mudar o desfecho.
A experiência recomenda atenção super especial aos abrigos de velhos.
Nos Estados Unidos, por onde a pandemia avança, um padrão se repete: alguém fica doente em um lar de idosos e logo vários residentes e funcionários têm o coronavírus.
O jornal The New York Times identificou mais de 5.200 casas de repouso e outras instalações de cuidados de longo prazo nos Estados Unidos com casos de coronavírus.
Mais de 63.000 residentes e funcionários dessas instalações contraíram o vírus e mais de 10.500 morreram.
Isso significa que quase um quarto das mortes na pandemia foram vinculadas a instituições de longa permanência.
As pessoas mais velhas e as que têm problemas de saúde subjacentes são mais vulneráveis ao Covid-19, todos sabem.
Não basta ficar contando os óbitos.
As conseqüências de um surto em uma casa de repouso são especialmente devastadoras.
Em Natal, antes que o colapso do sistema de saúde ocorra, os idosos que habitam instituições coletivas, se levados para o futuro quase hospital terão mais chances de sobreviver e de não chegar em situação crítica aos hospitais de verdade.
Cuidados por pessoas com equipamentos de proteção e afastados uns dos outros.
Um em cada apartamento.
Para os que priorizam o marketing, dá pra fazer também.
É só pintar mais um letreiro:
–Estamos funcionando em soft open.