3 de maio de 2024
Cidades

LÁGRIMAS AO VÊNETO

B532E86D-3BD5-49FE-8BF1-59E402619634Há um ano, o post com lembranças alegres de uma visita de turistas ao norte da Itália, não poderia prever que a belíssima Veneza fosse algum dia, inundada por lágrimas.

E saudade.

CONTA EM VENEZA

Programa vespertino très chic. Desses que Bebeto Torres classifica  como bola dentro.

Local: Piazzetta de San Marco, Venezia.

Muita gente circulando, grupos de duristas bebendo e comendo pelas calçadas e sob os arcos dos belos palácios.

Restaurantes com mesas ao ar livre, cobertas por toalhas imaculadas. Muitas vazias.

E um pianinho que logo começou a tocar bossa nova.

Um clima sonhado para um fim de tarde pra lá de romântico.

Só que o dinheiro dos viajantes era curto e fez-se necessário saber de antemão,  os preços dos drinques e petiscos.

Estavam dentro do orçamento.

Encontramos logo outros brasileiros.

Não somos difíceis de achar abroad. Viajamos fardados com camisas da seleção canarinha.

Até o gerente veio confraternizar, lembrando do tempo em que morou nos trópicos, casado com uma maranhense.

Arranhava um portitaliani perfeitamente compreensível.

Tudo saiu à perfeição.

Até a chegada da via dolorosa d’il conto.

O valor somado era mais que o triplo do pesquisado.

Quem senta paga mais, foi a explicação.

A tabela afixada, vogava somente para bipedestação.

Depois do italiano gastar todo seu rico português e meu colega até ameaçar chamar os carabineiros pra resolverem a parada, o nativo desistiu.

Disse que não mais nos entendia.

Foi aí que valeram as aulas do meu amigo no Ginásio de Padre Eymard:

-Yo capisco você, por que você non me capisca?

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