Lula libera ministros para fazer campanha municipal de candidatos a prefeito da base
O esforço do Palácio do Planalto tem sido tentar evitar que o PL de Jair Bolsonaro ganhe força nas capitais estaduais.
Significa dizer também que o empenho da presidente do PT, Gleisi Holfaman em pressionar aliados para apoiar candidaturas do PT nas capitais é estratégia partidária e não no presidente Lula da Silva .
Lula liberou sua equipe ministerial a apoiar candidatos a prefeito que façam parte de siglas da base aliada.
O presidente disse não ter como evitar que um ministro não apoie seu correligionário em uma disputa municipal.
É o caso, por exemplo, de São Paulo, em que o vice-presidente Geraldo Alckmin deve apoiar a pré-candidatura de Tabata Amaral, já que ambos são do PSB.
Ou da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que deve estar ao lado do prefeito Ricardo Nunes, uma vez que os dois são do MDB.
DO TL
Em Natal, a decisão teria eco nas candidaturas do favorito Carlos Eduardo, que sendo do PSD teria três ministros disponíveis a subir no seu palanque: Agricultura: Carlos Fávaro (PSD-MT, Pesca: André de Paula (PSD-PE), deputado federal, Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD-MG).
Já o candidato Rafael Motta, do PSB, contaria com o vice presidente da República, Geraldo Alckmin, que também é ministro e Marcio França, da Indústria.
A incógnita seria o deputado Paulinho Freire do União Brasil, com ministros das Comunicações, Desenvolvimento Regional e Turismo. Tendo se aliado ao líder da oposição, Rogério Marinho e assinado o pedido de impeachment de Lula, o apoio ministerial parece inviável. Pelo ponto de vista lógico, evidente.
