5 de maio de 2024
Opinião

Luta pela engorda vai buscar tempo perdido

O uso indiscriminado do verbo engordar tendo como alvo, além dos animais em geral, outro significado – para o bem ou para o mal – nesse terceiro milênio, mexe com a vida de todos nós natalenses.

Até então, o verbo engordar, era empregado basicamente em três situações:  1- fazer ficar ou ficar gordo; tornar-se gordo, “o distúrbio glandular engordou-o”, “engordou de tanto comer massa”; 2 -tornar-se mais substancioso; fazer aumentar ou ampliar-se; desenvolver(-se), ou no sentido figurado: 3 – fazer ficar ou ficar gordo; tornar-se gordo.

Instalou-se como um tema de urbanismo.  “A engorda, última etapa do projeto, se trata de um aterro que será colocado ao longo de 4 quilômetros na enseada de Ponta Negra”. O objetivo final é faixar grande volume de areia nas praias de Ponta Negra e Via Costeira com o objetivo de alargar  para até 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta a faixa dos banhistas.

Sua incorporação ao linguajar oficial registrou-se em julho deste 2023. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) do Rio Grande do Norte emitiu, finalmente, no dia 25, a licença prévia para o projeto de engorda da praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, num parecer técnico de 157 páginas, assinado por profissionais de diferentes áreas, como biólogos, engenheiros, arquitetos, entre outros, e apresentou 52 “condicionantes” à Secretaria de Infraestrutura de Natal, que é a responsável pela obra, para mitigar impactos ambientais.

ENGORDAR, OBJETIVO COMUM

Ao todo, a previsão é de que seja utilizado 1 milhão e 100 mil metros cúbicos de areia para obra da engorda, proveniente de uma jazida definida. Segundo o documento, a gramatura da areia da jazida é semelhante à da praia de Ponta Negra. A areia necessária para a obra deverá vir de um banco de sedimentos no mar, a 6 km da costa, na altura do farol de Mãe Luiza.

A prefeitura de Natal também defende que a engorda da faixa de areia é “uma das medidas necessárias para preservar o Morro do Careca”, um dos principais cartões postais do estado que tem sofrido impacto da erosão causada pelas ondas do mar na sua base.

Ao todo, a previsão é de que seja utilizado 1 milhão e 100 mil metros cúbicos de areia para obra da engorda, proveniente da tal jazida. Essa areia, necessária para a obra, virá de um banco de sedimentos no mar, a 6 km da costa, na altura do farol de Mãe Luiza.

A prefeitura de Natal também defende que a engorda da faixa de areia é uma das medidas necessárias para preservar o Morro do Careca, um dos principais cartões postais do estado que tem sofrido impacto da erosão causada pelas ondas do mar na sua base.

PERIGO DE CORROSÃO

Da colonização à ocupação da terra é preciso destacar uma diferença de Natal em relação a outras cidades praianas do Nordeste do Brasil. A falta de prioridades a uma das suas áreas mais bonitas, a praiana, ao contrário de todas as outras capitais.

Ao todo, a previsão é de que seja utilizado cerca de 1 milhão e 100 mil metros cúbicos de areia para obra da engorda, proveniente de uma jazida. Segundo os estudos, a gramatura da areia da jazida é semelhante à da praia de Ponta Negra. Essa areia necessária para a obra virá de um banco de sedimentos no mar, a 6 km da costa, na altura do farol de Mãe Luiza.

A explicação é dada pela característica climática marcada pela pelo seu alto grau de salinização, numa época em que os robustos refrigeradores se incorporavam – como bem durável – para o conforto de cada família. Em Natal a vida útil de uma geladeira era de pouco mais de um ano, contra décadas nas outras cidades.

O HOMEM E O MAR

A luta dos brasileiros para domar o mar nas cidades do Nordeste é uma história rica em desafios e conquistas. A região nordestina possui uma extensa costa banhada pelo Oceano Atlântico, e as comunidades costeiras enfrentaram uma série de obstáculos ao longo dos séculos para lidar com as condições climáticas e geográficas adversas.

Cada cidade revelando as suas próprias necessidades. Começando pela pesca e a fixação da população; o enfrentamento das barreiras naturais, ou mesmo adversidades climáticas (não esquecer das secas).  Desde os tempos antigos, as comunidades nordestinas dependiam da pesca como fonte essencial de sustento. A abundância de peixes e frutos do mar no litoral era vital para a sobrevivência dessas populações.

Outro aspecto de grande peso foi a questão de navegação, a partir da construção de portos e estruturas para facilitar a navegação e proteção de tempestades e ressacas.

Por último, o nosso caso específico determinado pela importância do turismo, a medida em que se tornou um dos pontos econômicos mais importantes do Nordeste.

A HORA DA ENGORDA

Finalmente estamos vivendo o momento derradeiro antes dos times entrarem em campo, o que foi possível depois de discussões intermináveis, próprio das decisões quando se vive no regime democrático.

Um jogo que, para os natalenses, começa com diferentes visões do que vai influir em inúmeros segmentos de um ajuntamento de mais de 1 milhão pessoas distribuídas em vários municípios e que serão impactadas de alguma maneira.

Só condicionantes são 52. Algumas são de praxe, de todas as licenças ambientais, porque são normativas que estão colocadas. E algumas condicionantes estão relacionadas a questões que a gente entende que mesmo tendo sido respondidas pela prefeitura, existe parte delas a ser complementadas ou mesmo apresentadas”, disse Leon Aguiar, diretor-geral do Idema.

E no geral, haja o fim de um sentimento de inveja do natalenses em relação aos das capitais vizinhas que conseguiram melhorias de vida. E que o natalense foi sentindo falta por ausência  de ação de governo. Agora chegou a hora da engorda…

 

 

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