Mas …
A deflação na economia brasileira, – de 0,68% em julho – foi divulgada, quase sempre, seguida da conjunção adversativa que indica restrição ao anunciado: mas….
Mas… nos Estados Unidos, a queda da inflação para 8,5%, tem sido recebida com esperanças de que já possa ter atingido o auge.
A inflação norte-americana desacelerou, de acordo com o índice de preços ao consumidor.
Um sinal bem-vindo, de que as pressões sobre os preços podem estar chegando ao pico.
Os números divulgados hoje pelo Bureau of Labor Statistics revelaram que, embora tenha diminuído, a inflação ainda está forte, apesar dos aumentos das taxas de juros do Federal Reserve.
A inflação crescente afetou os índices de aprovação do presidente Joe Biden à medida que ele e os democratas se aproximam das eleições de meio de mandato.
Os preços ao consumidor vêm subindo rapidamente desde agosto passado, especialmente para produtos básicos como alimentos e gás.
De fato, até o relatório do IPC de março, a inflação havia subido todos os meses por oito meses.
Somando-se às chamas inflacionárias está a guerra na Ucrânia.
O preço médio do gás nos Estados Unidos bateu recordes em junho.
Desde então, os preços do petróleo caíram um pouco, e a gasolina está agora em média a 4,70 reais o litro.
Existem alguns fatores que impedem a noção de que a economia americana está em recessão, como admitem muitos economistas.
A economia superou as previsões e registrou 528.000 empregos em julho. A taxa de desemprego também surpreendeu ao cair para 3,5%, o mesmo nível superbaixo em que estava antes da pandemia.
No Brasil, a boa nova econômica está sendo interpretada como pontual, devida exclusivamente à redução dos impostos sobre combustíveis, levando os mais pessimistas ao adversativo raciocínio:
–Quero ver os efeitos no Nordestão, o supermercado do bairro.
Fonte: Washington Examiner, em 10/08/2022