Ministério Público vota lista tríplice para PGR, mas não deve ser considerada por Lula
Com 526 votos, a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen foi a preferida dos colegas do MPF para encabeçar a lista tríplice à PGR, que será entregue a Lula – embora o presidente tenha declarado que não pretende segui-la.
Na eleição interna, os também subprocuradores Mario Bonsaglia e José Adonis Callou ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, com 465 e 406 votos cada.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, tenta desde março uma audiência com Lula para defender a lista tríplice como mecanismo de escolha do sucessor de Aras, cujo mandato se encerra em setembro.
Desde que fora instituída, a lista tríplice vinha sendo respeitada pelos chefes do Executivo, tradição que foi rompida pela primeira vez com Jair Bolsonaro.
Lula tem sinalizado que deve repetir o gesto de seu antecessor ao usar sua prerrogativa de indicar o próximo líder do MPF.
DO TL
O novo PGR substituirá o procurador geral Augusto Aras, que tem mandato até setembro de 2023.
Aras foi um divisor de águas na condução de um Ministério Público antes notabilizado por operações “caça políticos” com ápice de abuso com o antecessor Rodrigo Janot, que pediu para sair do MP por não ter condição de permanecer na instituição depois que seus métodos lavajatistas vieram à tona em vazamentos de grampos e investigações.
Fonte: Lauro Jardim no Globo
