15 de maio de 2024
Governo

MINISTRO 100% TABAJARA

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O cargo de Ministro da Saúde tornou-se tão efêmero e rotativo que não dá mais para fixar prazos de carência e trégua para a avaliação inicial de desempenho.

Os primeiros cem dias, parâmetro internacional, mantida a velocidade das trocas, passará a ser meta para recorde difícil de ser batido

Ainda mais depois de Teich que não resistiu um mês.

Sem direito a lua de mel com o poder, sem ao menos ter tido tempo de dar um trato na cabeleira e comprar novos óculos mais fotogênicos às câmeras de TV.

Sua desconcertante partida antes de petiscar as delícias do cerrado, apenas acrescentou ao seu currículo, um apelido.

Por paronomásia, Flash. O ligeirinho.

Como prêmio de consolação, além da perda do anonimato, das olheiras e do semblante sonolento, foi escolhido pela mídia, canais exclusivos de notícias em particular, comentarista expert.

Queridinho em todas as mesas de todos os formatos, não  chegou ainda à altura de um  dr. dráuzio, mas em tempo de entrevistas e verborragia, já compete com os mandettas.

Já o new surgeon general tem pago um ingresso muito caro pela entrada no primeiro time da burocracia estatal.

Começou no curto período de treino de adaptação à equipe. No interregno entre o anúncio da escolha e o assentamento da nomeação no diário oficial, vicejaram futricas e fofocas.

A posse frustou colunistas políticos e colecionadores de geniais sacadas, deixando a metonímia atravessada nas suas gargantas, tal o mega porta-contêineres Ever Given no Suez.

A viúva porcina vai aguardar outro sinhozinho malta, para continuar a nunca ter sido. Mas sempre lembrada, toda vez que algum apressado não for confirmado num emprego.

A paciência do ex-generalintendenteinterino em transmitir o abacaxi, incomodou os que aguardavam uma tragédia dentro da outra ainda maior,  para atribuir a culpa de todos os males à bicefalia ministerial.

O paraíba reagiu bem ao assédio midiático inaugural com a reprimenda aos repórteres, que embora com faces protegidas como ele, estavam provocando aglomeração.

Não vai ter tempo bom.

Melhor lembrar da quentura sertaneja dos antepassados que da suave brisa de Camboinha,  trocada pela praia fake do planalto central.

Para os chapadões da capital, apontou o narigão que mal cabe nas máscaras.

Começou a  organizar o movimento e orientar o carnaval que estava  virando desfile militar.

Ainda vai enfrentar muito preconceito.

Por não ter sido formado pela 115ª melhor universidade do mundo, o capelo paraibano foi apresentado como defeito; a carência de carreira acadêmica, aberração insolúvel.

Um “o fechado” quiseram botar na sua síbala tônica.

Queirôga não ligou.

Em inventiva concordância verbal, do mais celebrado biógrafo, além de sombrio vaticínio, até tapa na cara levou.

Pazuello assinou os óbitos de nossos pais e avós; a Queiroga caberão os de nossos filhos e netos. (Ruy Castro).

Nem comemorou a primeira quinzena de giroflex e já estão exigindo dele, mais que o impossível.

Não perceberam ainda que no capitão-presidente, não tem que dê jeito?

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Marcelo Queiroga – Ministro da Saúde

 

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