1 de maio de 2024
Política

MUITO PRAZER

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O horário eleitoral começou em ritmo de thriller e direito a anticlímax.

O comum é que os candidatos se apresentem serenos, falem das origens e digam suas motivações para estarem na disputa, postulando o importante cargo.

São sempre muito diretos e previsíveis.

Meu nome é Farinha. 

Assim como aqueles que comparecem só para serem lembrados  nas próximas vezes, ajudando  na renovação dos mandatos parlamentares que já mantêm há muitas eleições e acumuladas derrotas majoritárias.

Quem tem um tempinho a mais,  aproveita para explicar o sotaque diferente.

E todo  o esforço para não parecer forasteiro, falando como se comedor de camarão tivesse nascido.

Vale mostrar a coleção de postagens no #tbt.

Quem sabe, a foto em sépia daquele bebezinho johnson&johnson não conquista os indecisos que tenham jurado nunca mais votar em ninguém do ex-maior partido do ocidente.

Correu o risco de aumentar a insatisfação da militância ao travestir a candidata queridinha,  em locutora-apresentadora.

Diante da fraca performance nas pesquisas, a pergunta inevitável, fica no ar e nas reticências.

-Não teria sido melhor…

Se aquelas estórias dos fígados das crianças são verdadeiras, de uma coisa é certa, eles não são autoantropofágicos e até esquecem as divergências internas. À exceção dos garis, vereadores  e picaretas.

O reincidente com muitas ideias e um telefone fixo na mão, entrou  no riacho pra indicar o caminho  para o site que mostra o que o tempo, medido em décimos, não deixa, no guia para o eleitor.

O perigo é que no zapping o telespectador curioso associe o link às centenas de filmes e séries no canal de assinatura homônimo e prefira assistir aos lançamentos e novas temporadas.

O segundo maior tempo entre os 14 concorrentes ao cargo majoritário, foi preenchido com acusações ao líder nas intenções de votos.

De fujão a outros aumentativos, ninguém esperava que na estréia já houvesse tanta incontinência  verbal.

O primeiro capítulo  só não foi mais eletrizante porque no flashback apresentado, o candidato alvo não havia comparecido ao debate onde foram geradas as delações.

Nem sempre a mensagem que se quer passar é traduzida nas imagens apresentadas.

Houve um certo descuido com a semiótica.

O xerife, com jeito de empresário que resistiu ao baque econômico da pandemia numa boa, foi quem mais deixou dúvidas e nebulosa, a própria credibilidade.

Esqueceu que os bambambãs que prendem e arrebentam, usam óculos escuros, mesmo diante dos holofotes e do breu das noites.

O modelito escolhido combina mais com quem vive em operações nas delegacias de turistas e cargos comissionados.

Mostrou ter pouca intimidade com  importante ferramenta da investigação policial.

Seu serviço de inteligência  falhou quando não tomou conhecimento da viagem do prefeito à Brasília na noite fatídica. A informação teria evitado o mico da performática  busca e apreensão, frustrada diante de testemunhas e câmeras.

Os legalistas hão de perguntar pelo mandado de prisão.

E pelo estado de direito.

Os privativistas, se a segurança foi terceirizada e se vigilante já pode ser promovido a cabo e sargento.

Como o espetáculo apenas começou, é de se esperar mais emoções.

E outros fetiches.

Além das algemas.

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