3 de maio de 2024
Coronavírus

MUNDO TÃO DESIGUAL

 

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Pronunciamentos presidenciais são eventos que agitam a imprensa, despertam a atenção de todos, servem de matéria prima para discussões no parlamento e pauta dos analistas políticos.

Com pompa e circunstância, os horários nobres nas TVs são reservados. Os chefes das nações, empregam todo carisma e argumentos para anunciar mudanças nas vidas das pessoas.

Com a pandemia, estes canais de comunicação se tornaram tão frequentes, que perderam  o impacto da excepcionalidade.

No Brasil, há muito que estas práticas estão corrompidas.

Adulteradas. Falsificadas. Fajutas. Vulgares.

De tão comuns,  as declarações do presidente já não repercutem como antes.  Como devem e precisam.

Sem a cobertura da mídia, as sessões diárias caóticas no cercadinho do portão do Palácio da Alvorada pouco rendem em esclarecimentos e polêmicas.

Se bem que nunca mais um repórter esteve ameaçado de sair da tumultuada entrevista com  a boca cheia de porrada.

Não ocorreram mudanças significativas na forma do capitão-presidente passar suas ideias.

O estilo é o mesmo. O de sempre.

Respostas nos tons e  pesos das perguntas.

Mesmo quando não aparentam as segundas intenções que enxerga e têm.

Seu entendimento da maior tragédia sanitária seria sui generis, não fosse espelhado no colega norte-americano.

Ambos, a princípio, menosprezaram a doença que já devastava a Europa, talvez confiando na proteção da imensidão do oceano que separa os dois mundos, para em seguida encontrarem uma solução simplória. E um culpado pela tragédia.

Os danos causados às famílias e à economia já impediram uma reeleição e acende o sinal de alerta para a outra.

E as mesmas desculpas, baseadas em fraudes eleitorais, são apresentadas.

Com voto impresso ou volátil, pouco importa.

A chegada da tão ansiosamente esperada vacina coincide com a troca de comando no mais poderoso país do mundo.

Lá, são aguardadas profundas mudanças.

Pela demora em felicitar o vencedor, não se espera a continuação do alinhamento que dura dois anos, sem qualquer contrapartida.

Joe Biden que no discurso de declaração de vitória conclamou a união de todos para o enfrentamento das enormes dificuldades, prepara para o da posse, o lançamento de  um desafio. Pedirá que todos os americanos usem máscaras, por cem dias.

Os três últimos presidentes dos Estados Unidos já anunciaram que vão ser vacinados juntos, como exemplo e estímulo para maior adesão da população.

Por aqui ninguém teve a ideia de reunir Sarney, Collor, Lula, Dilma e Temer num vacinaço.

Nosso Messias já declarou que não pretende tomar a vacina. E não só a chinesa.

Tudo bem que ele, já tendo sido infectado, está no direito de achar que adquiriu imunidade.

E o seu rebanho, como fica?

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