6 de maio de 2024
Imprensa Nacional

Não é só no RN que união entre PSD e PT dá problema

Do Globo 

 Em meio aos acenos entre o pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, em torno de uma aliança já no primeiro turno da corrida eleitoral, lideranças de 16 estados da sigla resistem ao acordo nacional com os petistas.

De acordo com estes cálculos eleitorais, que levam em conta os diferentes cenários regionais, o mais conveniente, para a maioria dos dirigentes, seria uma postura neutra ou a candidatura própria — há ainda uma minoria que defende o alinhamento ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

BAHIA SERIA A CONTRAPARTIDA DO PT AO PSD

No gesto mais contundente para atrair o PSD ao arco de Lula, o PT passou a debater a possibilidade de o senador Jaques Wagner não concorrer ao governo da Bahia, abrindo caminho para que Otto Alencar, também senador, seja o candidato do grupo político.

A Bahia é uma das onze unidades da federação em que há proximidade entre os dois partidos — em contraste, há 13 em que os líderes preferem escapar da polarização e outros três (Paraná, Rio Grande do Norte e Distrito Federal) onde a preferência é por Bolsonaro.

RESISTÊNCIA NO NORDESTE 

Embora no Nordeste as conversas estejam mais avançadas, devido à popularidade do ex-presidente na região, também há entraves.

No Maranhão, o PSD filiou o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr. para encabeçar uma chapa ao governo na oposição a Flávio Dino (PSB), aliado de Lula. Com o movimento, o ex-prefeito aproximou-se de adversários de Dino, como a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e o senador Roberto Rocha (PSDB). Ambos orbitam em torno de um palanque com Bolsonaro, mas a campanha também busca se afastar da rejeição ao bolsonarismo. Já o apoio de Lula é disputado pelo vice-governador Carlos Brandão (PSB) e pelo senador Weverton Rocha (PDT).

No Rio Grande do Norte, o ministro Fábio Faria (Comunicações) anunciou que deixará o PSD para apoiar Bolsonaro, mas seu pai, o ex-governador Robinson Faria, concorrerá a deputado federal e segue prestigiado no comando do partido.

Em novembro, Kassab participou de um evento do PSD potiguar e endossou a oposição à governadora Fátima Bezerra, do PT, que tentará a reeleição.

TL CONTA MAIS 

No RN, a expectativa é que Robinson Faria deve seguir os passos do filho, ministro das Comunicações para o PP de Ciro Nogueira e cia.

E hoje não mais pelo anti-Bolsoanrismo de Kassab, mas também pelas costuras locais para nominata de deputado federal.

Isso se o ex-governador conseguir reverter a inelegibilidade posta desde o julgamento do TRE-RN por abuso de poder econômico.

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