NO ADEUS, UMA LEMBRANÇA
Um quase-irmão de um irmão de sangue.
Seis anos na diferença das idades, não mudaram as reminiscências da mocidade comum, nem o carinho pela terra natal e seus habitantes inesquecíveis.
Na despedida, depois da penosa luta pela vida, o abraço solidário à família, na recordação da publicação de 27/11/2019, dia em que o qualificado leitor virou personagem de estória contada neste pedaço de Território Livre.
GREVE DE PRIMA
Tirando a dos caminhoneiros, são todas tão eficazes quanto as dos surfistas.
Ninguém deixa mais de pagar contas, transferir e sacar dinheiro, quando os bancários vão à praia.
A telinha do smartphone virou caixa de correspondência e o telegrama ganhou cores e som.
Na Saúde, tudo virou emergência. Que não pode parar.
Foi atingido o patamar supremo do estado permanente de paralisia. Com o coroamento da greve na greve (tema digno de uma pós-doc), toda sexta-feira.
Educação, um caso à parte, merece olhar de normalista.
Pega mal parar os serviços ao público no mandato da companheira governadora, terceira mulher, segunda professora e primeira de origem popular.
Além de já ter sido batido, em seis meses, o recorde de reuniões com o primeiro time da administração.
Não foi isso mesmo que se pediu a vida toda?
E tome diálogo, cafezinho e agendamento de novas mesas de negociação.
Dizem que depois que foi liberado o calendário das reuniões com os sindicalistas mobilizados, os sindicalistas comissionados já têm know how para elaborar o de pagamento.
Só está faltando mobilização das bases. E pressão.
Nem sempre o movimento paredista foi exercido no conforto, embaixo de toldos,no bosque do Centro Administrativo. Movido a cerveja e churrasco.
Nos anos de chumbo fervente, ninguém ousava falar no assunto.
Com a distensão de Geisel, era coisa exclusiva dos metalúrgicos do ABC.
Depois virou coqueluche. Pegou em americanos, alecrinense e até nos funcionários públicos.
Somente na quase-democracia de Figueiredo, a moda aportou na capitania entregue de bandeja e nunca achada por João de Barros, que nos trocou pelas delícias caribenhas.
Uma paralisação das escolas era tudo o que um governador eleito indiretamente, mas populista, não queria.
O movimento forte, organizado e coeso, ameaçava a perda do ano letivo e os futuros votos.
O secretário Arnaldo Arsênio depois de empenhar todo o seu prestígio e reputação, conseguiu um acordo.
Bom para ambas as partes.
Desgastado e cansado, era hora de pedir o capelo. Não contaria a ninguém enquanto não chegasse o momento propício para falar do assunto com o governador Lavoisier Maia.
Tudo teria corrido conforme o planejado, não fosse a presença do Deputado Onésimo (também) Maia para uma audiência não marcada.
Já na boquinha da noite, expediente encerrado, com o hábito diário de acolitar a missa das seis, o secretário mandou as escusas e a informação que a autoridade seria recebida, sem pressa, no dia seguinte.
A reação nada política do parlamentar e médico…
“Aqui não virei mais. Quem espera por homem é rapariga.“
… deu a Nova Cruz um secretário pra chamar de seu. Luiz Eduardo Carneiro Costa.