4 de maio de 2024
Imprensa Nacional

No RN, deputados bolsonaristas e de oposição receberam o mesmo valor em emendas

210705-Suborno2bDo Globo 

O orçamento secreto irrigou nos últimos dois anos bases eleitorais de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi direcionado a quase metade dos parlamentares que integram Câmara e Senado.

Ainda sem todos os dados disponíveis de maneira centralizada, o que deve ocorrer até março de 2022, um levantamento feito pelo GLOBO mapeou 290 deputados e senadores — em sua maioria, próximos ao Palácio do Planalto — que, sem transparência, distribuíram recursos pelo país.

Os valores rastreados foram empenhados em 2020 e 2021 e chegam a R$ 3,2 bilhões, uma amostra dos R$ 36 bilhões que compuseram as emendas de relator no período.

Essa radiografia expõe a desigualdade provocada pelo orçamento secreto nos estados e revela como caciques do Centrão ou fiéis aliados do governo Bolsonaro foram privilegiados com o mecanismo, elaborado de uma maneira que dificulta a fiscalização.

Dentre os políticos mais agraciados está o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que, em 2020, detinha o controle de boa parte da destinação da verba, porque presidia o Senado e mantinha uma relação de proximidade com o Planalto.

Foi graças ao parlamentar que o Amapá recebeu a alocação de ao menos R$ 335,9 milhões, um feito inédito. O segundo reduto com maior aporte é a Bahia, com R$ 302,2 milhões — o deputado João Carlos Barcelar (PL-BA) lidera a lista de indicações.

Dentre os partidos, o PSD foi a sigla que mais recebeu aporte, com R$ 619 milhões.

DEM e o MDB são respectivamente segundo e terceiro no ranking, com R$ 519 milhões para o primeiro e R$518 milhões para o segundo partido.

 NO RN, OPOSIÇÃO E BOLSONARISTAS TIVERAM MESMO TRATAMENTO

Não houve grande disparate na liberação de emendas para os parlamentares do Rio Grande do Norte.

No ranking do Globo, o então deputado Fábio Faria (PSD) teve R$ 12, 85 milhões em emendas. Foi o único com dois dígitos.

Foi seguido pelo Progressista Beto Rosado com R$ 5,65, Benes Leocádio (REP) com R$ 3, 66, Walter Alves (MDB) com R$ 3, 60, João Maia com R$ 3 milhões.

Entre os que menos receberam ficaram no mesmo patamar o deputado de oposição , Rafael Motta (PSB) e General Girão (PSL), ambos com R$ 2 milhões em emendas .

Carla Dickson , que também é da base governista, só aparece com R$ 1,5 milhão em emenda.

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