Nora de Bolsonaro defende versão de marido sobre pen drive: “certos assuntos só podem ser pessoalmente”
A psicóloga Heloísa Bolsonaro, esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), se manifestou publicamente em defesa do marido após a repercussão negativa da ida do casal ao Qatar, onde ambos assistiram a um jogo da seleção brasileira.
De acordo com Heloísa, a viagem dos dois começou a ser planejada há um ano e foi paga a prestações.
“Não houve ônus para a Câmara [dos Deputados] nem jatinho privado, como a esquerda já começou a inventar”, diz ela.
A publicação, feita nesta quinta-feira (1º), é a primeira da psicóloga sobre o tema desde que a imagem dos dois em um estádio do país árabe ganhou ampla repercussão nas redes sociais.
O episódio conseguiu unir bolsonaristas, apoiadores de Lula (PT) e não militantes nas redes sociais, que se voltaram massivamente contra o deputado.
“Por várias vezes discutimos ‘qual o clima de irmos viajar?'”, diz Heloísa, se referindo à derrota do sogro, Jair Bolsonaro (PL), nas urnas. “
Mas não viemos apenas assistir um jogo”, acrescenta.
De acordo com a psicóloga, Eduardo Bolsonaro viajou para supostamente dialogar com autoridades internacionais.
“Eduardo é uma figura que transita muito bem internacionalmente”, afirma.
“Eduardo hoje é o único brasileiro que consegue ser recebido pelas maiores autoridades mundiais”, diz ainda.
Nesta quinta-feira, Heloísa Bolsonaro endossou a versão do marido.
“Quem está zombando dos ‘pen drives’ não faz a menor ideia que certas conversas e certos assuntos só podem ocorrer pessoalmente e com conteúdos em mãos.
Vocês viram apenas um recorte público, como na foto”, afirma.
“Pode parecer que estamos curtindo a vida, mas vocês sequer imaginam a tal ‘vida’ que levamos. Somos aliados nessa luta. Nunca foi fácil”, emenda.
A aparição repentina de Eduardo na Copa, em meio ao longo período de reclusão do clã Bolsonaro após a eleição de LuizInácio Lula da Silva (PT), irritou os bolsonaristas mais radicais, que estão há 27 dias acampados em áreas militares de algumas cidades do Brasil, como São Paulo e Brasília.
Mônica Bergamo para Folha *