28 de abril de 2024
Política

O Debate que o Brasil não teve mostra o que poderia ser diferente

A Globo News aproveitou o momento de todos em casa a alta audiência para promover um debate que, possivelmente, não seria possível no Brasil sem pandemia.

E que não foi possível com os candidatos à Presidência da República em 2018 , em razão da lamentável facada em Jair Bolsonaro.

Ontem um programa especial com representantes das mais diversas correntes político ideológicas para debater o Brasil.

Apesar das divergências entre o socialismo de Ciro Gomes e o liberalismo de João Amoedo e depois o petismo de Haddad X a pouca experiência do delegado Victor Hugo, lider do Governo Bolsonaro na Câmara, a possibilidade do telespectador entender e se alinhar ao que lhe convém.

Um retrato sem retoques do Brasil de ontem e hoje. Uma radiografia das alternativas postas num passado recente e a busca inglória por um herói, com pouca consistência e muita projeção de sonhos, frustrações, expectativa e até devaneios. Sim, é o que temos…

Questionado pelo “estado mínimo” do Novo em tempos de pandemia, Amoedo foi direto; “nunca fui a favor do estado mínimo, mas do cidadão máximo”. E seguiu argumentando e reafirmando a necessidade dos auxílios do Estado em tempos de exceção como esse. Os tais R$ 600destinados aos brasileiros mais carentes.

Ciro Gomes com a vantagem da verve e dos anos de palanque – de rádio e TV – usou a linguagem popular para descascar o desastre econômico, social e na saúde vivido hoje.

Amoedo concordou. O que se retirar hoje do Governo Bolsonaro ;
“O que nã fazer”, disse o ex-presidenciável do Novo.
Por alguns instantes, nossos problemas vistos com outras perspectiva, acima de ataques de baixo nível ou da pobreza vocabular.

Um Brasil de quem parece estudar e quer encontrar soluções a partir de ideias, de dados de opções próprias.

E não repetidores de frases desconexas de estímulo a guerrilhas insanas, enquanto os assuntos reais são terceirizados de acordo com o clamor etéreo e pouco instruído das redes sociais.

Sobre Sergio Moro, visões antagônicas e respeitosas. Ciro Gomes não gostaria de ter o ex-juiz nos quadros do PDT.

“Por incompatibilidade com a História de Gartulio Vargas, Brizola e …

Sem dizer, dele próprio. Atacou a ética de Moro:

O simples fato de um juiz mandar prender um ex-pré-candidato Lula que ajudou a eleição do Governo que passou a integrar como ministro já fala muito sobre essa pessoa. Já fala tudo. E olhe que ninguém melhor do que eu sabe que Lula não é inocente. Não é nenhum santo.. 

Amoedo não estendeu tapete vermelho, mas reconheceu que Moro é um quadro bem-vindo em todo partido do Brasil. Por seu respeito, pela carreira irretocável e pela provável densidade eleitoral.

Mas concordou que isso não basta. O Brasil não precisa de figuras heróicas, precisa de ideias que respondem suas necessidades.E sobre o futuro? Esse Governo tem vida longa ou não? Coube a Ciro Gomes uma resposta com base na História:
“Se observarmos o Brasil e sua História recente veremos que apenas três presidentes concluíram seus mandatos. Foram os ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Todos os três tinham um traço em comum; o do diálogo e articulação entre os divergentes. É tudo que Bolsonaro não tem.
O tempo dirá se a História se confirma. Ou a exceção a ela…

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