O PET DO CRONISTA
O pedido de ajuda do decano dos cronistas potiguares despertou a curiosidade e desafiou o fiel leitor a descobrir a origem da palavra pet.
Enquanto garrafa plástica, é moleza científica.
Abreviatura, em inglês, para o polímero poli tereftalato de etila.
Tão global como taxi, hotel e hospital, o que significa em relação aos pequenos animais, não há dúvidas.
A etimologia são outros 499,90.
Navegando nas mesmas águas do Oceano Google, uma resposta do Profº Denilso de Lima que, de Porto Velho, ensina a língua de Albion, pela internet, pra quem quiser.
Anywhere.
Para ele, o minúsculo vocábulo como os melhores maltes, teve origem nas terras altas da Escócia e começou a ser usada muito antes de Cabral avistar o Cabugi.
Nomeava todo e qualquer animal domado.
No tempo em que os Incas estavam sendo apresentados aos cavalos de Pizarro, por volta de 1530, há relatos na Inglaterra do seu uso para referir-se a qualquer animal favorito. De estimação.
Tudo indica que pet tem origem na palavra petty, usada desde 1393, no sentido de small, pequeno.
Não fosse o Canal da Mancha tão estreito, ainda ficaríamos sem uma explicação. Digamos, plausível.
Petty vem do francês petit que saiu do latim vulgar pittinus.
E pittinus crusou com o radical pikk dando aos falantes do português, a palavra pequeno.
E apelido que virou nome de gente grande.
Petit das Virgens.
Há outros significados.
No inglês britânico, para se referir de modo carinhoso a um amigo ou amiga.
What’s wrong, pet?
Qual é o pó, meu amigo?
O linguista amazônida faz referência também ao teacher’s pet.
O aluno peixinho que os americanos chamam de apple polisher.
O diligente aprendiz, ao polir a maçã, esperava do mestre, um dez.
Estrelado.
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(Publicado em 26/10/19, o texto foi ignorado pelo destinatário da sonsa homenagem)