2 de maio de 2024
Política

YES, NÓS TEMOS VICE-SENADOR

 

Entre as dezenas de patrimônios, somente um – ainda não aprovado pela Assembleia Legislativa – está no mesmo patamar da imaterial ginga com tapioca da velha Redinha.

O que só é encontrado nestas terras salobras, onde o vento faz a curva no rumo boreste.

Somos o único estado da federação a ter um vice-senador.

Todos os outros, incluído o Distrito Federal podem até se orgulhar dos seus suplentes.

Pessoas sem votos, mas de notáveis saberes jurídicos,  bagagem cultural ou capacidade econômica de financiar os gastos das campanhas eleitorais que não cabem nas prestações de contas dos fundos partidários.

Desde a redemocratização de 1945, não se tem notícia de um senador que tenha aberto mão do justo direito adquirido da reeleição para, humildemente,  voltar à condição de suplente.

O único cargo político da república sem remuneração, gabinete, verba de gabinete, assessores nem aspones, só existe para atender aqueles mais fiés torcedores pelo sucesso ministerial ou insucesso fatal dos titulares.

Ninguém  pode acusar o suplente que agora pede bis, de ser mais um eleito  sem votos.

Dois anos depois de chegar ao Olimpo dos Semideuses do Planalto, trocou a fonética de metade do prenome,  para fazer bonito junto ao eleitorado da capital.

Simplesmente Gean, foi o segundo mais votado na eleição de prefeito.

Seus quase 50 mil votos foram suficientes para suplantar os do delegado com estrela de xerife, o que pode não ser um grande feito, mas definitivo para livrar o eleito das ameaçadoras algemas que tanto sucesso fizeram no guia eleitoral.

Falando fluentemente carioca de Ipanema e bilíngue  vocabulário em economês, enriquecido pelo palavreado seridoense de origem matrimonial,  tem a unanimidade dos potiguares.

Disparado, é o melhor dos três.

Não é preciso de grandes elucubrações para entender a jogada do Senador Jean Paul Prates para não virar carta no morto do baralho político.

Cercou a milhar para acertar a cabeça do bicho, sob as bençãos e ordens do dono da banca, do partido e dos votos.

Independente das tentativas jurídicas do seu companheiro de chapa de transferir os votos da governadora para o outro, o penetra  de comício, seu lugar estará garantido no próximo primeiríssimo escalão.

Com todo o gás.

Basta que a torcida da mídia ávida por ser controlada, ajude a botar a caneta bic, de novo, em mãos de nove dedos.

 

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