2 de maio de 2024
Educação

ORDEM UNIDA OU SALVE GERAL?

O Fugitivo (2958) – Norman Rockwell – Museu Norman Rockwell, Stockbridge, Massachusetts, Estados Unidos


Enquanto uma  onda  de pânico coletivo varre as redes sociais com relatos de atos de violência reais, e outras ocorrências resgatados de marés passadas, é tempo de refletir no que estamos oferecendo para a formação dos jovens das famílias mais carentes.

Os dois anos sem aulas, em sistema de  ensino que já não apresentava perspectivas de capacitação para o emprego, nem melhoria de vida, agora estão emitindo a fatura.

Os noticiosos das TVs, entre uma cena de agência bancária estourada e um assalto captado por câmeras de rua, não param de mostrar também uma escola tomara que não caia.

Entre tantas promessas dos candidatos, passou ao largo dos programas eleitorais, a rejeição pelo governo estadual, do programa de escolas cívico-militares.

Talvez pelo pensamento do chefe e capo de tutti capi que este negócio de símbolos e cores que representam nossa nação, não passa de babaquice, em seu linguajar de guru que inebria a intelligentsia tupinambá.

O desinteresse pelas escolas cívico-militares é inacreditável.

Inaceitável.

O secretário estadual da educação justificou com a  inadequação ao nosso modelo pedagógico, sem qualquer comparação, ou como se tivéssemos algum.

Entra greve, sai paralisação, a ladainha de sempre, no disco  de 78 rotações das reivindicações salariais, não deixa sobras de tempo para a discussão  do assunto.

Difícil acreditar que não se deseje uma escola que se propõe formar cidadãos com padrão de disciplina, respeito aos mestres e à hierarquia.

Vítima também do fique em casa pandêmico, o projeto que integra os ministérios da Educação e Defesa, implantado em  duas escolas municipais, em Parnamirim e Natal, já consegue mostrar resultados.

Suas aulas online estiveram bem acima da média dos estabelecimentos desmilitarizados.

Em todo o  país, são 230 escolas militares. Pouquíssimas na região nordeste.

Outro ponto para reflexão.

Sem elas, nosso ensino tem sido melhor?

Nossos jovens têm iguais oportunidades de ingresso na carreira militar?

Em país que tem alistamento obrigatório, com ínfimo percentual de jovens convocados (o exército do crime organizado recruta muito mais), a oportunidade de acesso à carreira não pode sofrer preconceitos ideológicos.

Sempre haverá quem assuma o papel de educador.

A ordem unida não vai deixar de ser dada.

Nem que seja em forma de um salve geral, pra atemorizar as quebradas.

O problema com o qual todos vivemos (1963) – Norman Rockwell – Quadro Vendido por 854.500 dólares, pela Sotheby’s, em dezembro de 2010)

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