OS ASTROS NÃO MENTEM
Depois que pegou a tigresa do zoo do Bronx e a bichana da vovó Esmeralda, o coronavírus merece muito mais estudos que os que cientistas, epidemiologistas, âncoras de TV e palpiteiros em geral têm feito.
Não deve ser mesmo coisa deste mundo.
Tesconjuro.
Magalu, três vezes, Casas Bahia.
Não é que seus efeitos destruidores têm sido observados até fora deste nosso mundinho de Deus?
A devastação vem sendo detectada até nos grotões do espaço sideal, lá pras bandas dos buracos negros, confins da via láctea.
Ninguém tem visto o tanto de mudanças na ordenação dos planetas porque os astrofísicos e astronautas trocaram telescópios e astrolábios por aparelhos que vêem coisas muito menores. Igualmente distantes.
Tantinhos.
Tiquinhos.
De tamanhos medidos em nanômetros.
Milionésimos de milímetros.
O controle da pandemia depende do entender do comportamentos que o rastro de destruição tem mostrado alhures.
Além da incrível capacidade de mudar e adaptar-se ao meio, por onde chega, dá um toque loco-regional, como se autóctone fosse. Senta praça e se estabelece.
Não respeita quarentena nem se incomoda com zuada de baticum de panela velha.
No Brasil, não contava era com a astúcia nem com o histórico de atleta do capitão-general-comandante-em-chefe das forças de resistência.
É missão quase impossível para qualquer vírus, mesmo os fabricados sob encomenda, enfrentar uma soldadesca treinada para pular em esgotos e nada acontecer.
Estações sismológicas com sensores mais aguçados captaram movimentos erráticos capazes de influenciar a configuração astral e todos os horóscopos. Incluídos os ciganos e chineses.
Como explicar que um ariano, sem preconceitos raciais, vide Hélio Negão, não possa manter uma relação intensa e amistosa com um ministro sagitariano, como reza a cabala clássica?
A não ser, o subordinado tenha sonhado em brilhar mais que o astro-rei. Do que parece não haver evidências científicas.
Nada que um lauto jejum pentecostal associado às rezas fortes das legiões de seguidores fundamentalistas, não possa realinhar.
Resiliência e saco.
A crise vai passar.
Não vai haver nenhum divórcio.
Aleluia, irmão.
Aleluia, irmã.
Está escrito nas três estrelas presidenciais, a previsão para os nascidos no primeiro decanato do signo dos mansos de espírito, carneiro:
Aliar-se aos outros e trabalhar com eles em torno de metas comuns é mais fácil nesta fase, em que a lua está no signo oposto ao seu, Libra, onde reforça sua capacidade de colaboração e lhe estimula a trabalhar em grupo.
Dica: não se envolva em atritos, evite as disputas e atue no sentido de preservar a paz. (Claudia Hollander).
O encaixe perfeito com o signo oposto, do equilíbrio com a mansidão, é a contraprova da clarividência dos astros.
Eles conspiram a nosso favor.
Seremos salvos na cauda de um cometa.