2 de maio de 2024
Recorte de Jornal

Paulo Guedes não fez apologia ao AI-5, mas ficou parecendo

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Tem um princípio da Comunicação que deveria ser relembrado para a turma que está no front do noticiário nacional: “comunicação não é o que você diz, mas o que o outro entende”.

Com base nisso algumas palavras deveriam ser evitadas, principalmente, para aquelas pessoas que têm suas falas diretamente relacionadas ao humor da economia do país.

É o caso da declaração do super Ministro Paulo Guedes nos Estados Unidos. Vejamos o que ele declarou. Comento a seguir.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em Washington na segunda-feira que é inconcebível a ideia de um novo AI-5 no Brasil, mas ao mesmo tempo disse que as pessoas não devem se assustar com a ideia de alguém pedi-lo diante da radicalização de possíveis protestos.

Ou seja?? Ele disse exatamente o contrário da apologia ao ato mais cruel da Ditadura Milita; disse que é INCONCEBÍVEL, mas que as pessoas não devem se assustar se alguém pedido-lo.

Esse último trecho foi o que bombou nas manchetes. Como se Guedes estivesse banalizando ato tão obscuro da nossa História.

“Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem se alguém então pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente?”, disse ele a jornalistas.

Guedes queria propor povo da rua para defender o Governo que integra, o Governo Bolsonaro, Mas definitivamente não foi isso que ficou na compreensão dos que fazem leitura dinâmica de manchetes de jornais e blogs.

“Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática”, completou.

Mas onde no Brasil se tem notícia desse povo, quebrando tudo? Um surto bolsonarista soprou no ouvido de um dos ministros mais admirados do Governo Federal.

No final de outubro, Eduardo Bolsonaro, sugeriu em entrevista que o governo comandado pelo seu pai, Jair Bolsonaro, poderia lançar mão do mais duro instrumento legal de repressão da ditadura militar brasileira, o AI-5, caso a esquerda radicalize em sua atuação no país, comparando aos acontecimentos do Chile.

O ideal seria esquecer, limpar do inconsciente inclusive, o famigerado “Ato five”.

Assim, também nos pouparia de crises inúteis e desnecessárias.

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