PRA BAIXO, VOLVER !
Se bem que o barão faça muita falta ao combate do besteirol, quem ressuscita de vez em quando, é sua mais fiel criatura, incorporada ao nome próprio.
Mais uma Batalha de Itararé é retomada, na guerra pseudo-ideológica que já dura quatro anos.
Tempos outros, bem diferentes de quando um discurso no pequeno expediente da Câmara dos Deputados provocava o fechamento do Congresso e a edição do mais violento ato institucional do regime autoritário.
Só porque um parlamentar de primeiro, único e curto mandato, às vésperas das comemorações do 7 de setembro, conclamou as senhorinhas a não namorar os garbosos militares.
Passados 54 anos, uma vara muito mais curta, não consegue cutucar a fera impotente.
Na falta de vitrine tão vistosa quanto uma CPI, o bilhete da moda para a viagem aos 15 minutos de mídia e fama, está nos guichês dos editais de licitação das compras do Ministério da Defesa.
Começaram chafurdando dietas, cardápios e comes e bebes, mas o consumo de carnes nobres e a cervejinha nos ranchos, perdeu para rega-bofes mais sofisticados em ambientes superiores e temidos. E como quem tem monocrático, faz medo, o assunto saiu das cozinhas das redações para as farmácias dos hospitais militares.
Desde que o remédio contra piolhos, provocou a ira da comunidade científico-midiática, nenhum outro havia alcançado as primeiras colocações nos trending topics, até a revelação dos eretogênicos comprados pelos serviços de saúde das forças armadas.
Com tantas palavras propícias ao múltiplo sentido, a zoeira foi inevitável, mobilizando pacifistas e lacradores, numa ampla e jocosa campanha pelo desarmamento da tropa em prontidão.
A notícia da compra de Viagra foi o escândalo da hora.
Ávidos por holofotes, em síndrome de abstinência dos microfones, epidemiologistas sofreram mutações instantâneas, para experts em Sexologia.
Na outra ponta das mesas de debates, voltaram antigos negacionistas, com as mesmas justificativas de reposicionamento de drogas.
Até estatísticos foram reabilitados, para cálculos acurados de quantos intercursos sexuais são esperados, quando se distribui 35 mil comprimidos de pílulas azuis para 350 mil militares, de ambes es sexes.
Partindo do pressuposto que mulheres militares podem passar a cota erótica para os cônjuges, daria para uma relação per capita, turbinada em 10%, desprezadas as perdas pelos praticantes do onanismo.
As denúncias de novos escândalos farmacocinéticos se sucederam, passando pelos tratamentos de calvície e aplicações de botox, até a volta ao ponto G de partida.
Como explicar as próteses penianas adquiridas?
Espera-se que desta vez, sejam preservados em sigilo, os nomes dos contemplados com estas maravilhas da bioengenharia.
Ser comandado por um capitão-broxa, ninguém merece.