1 de maio de 2024
Coronavírus

PREPARANDO A VOLTA

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A Organização Mundial da Saúde demorou a declarar pandemia, quando a infecção viral já acometia vários países.

Baseada talvez nas últimas epidemias respiratórias, restritas a algumas regiões bem delimitadas.

Isso enquanto recebia as contribuições do maior financiador, o país mais rico no mundo e não faltavam recursos para agir.

Sem precisar lembrar que um pobre país sul-americano desde o aparecimento dos primeiros casos, pediu formalmente que fosse declarado o  alerta máximo global.

Vacilou.

Acreditou na mudança das estações, na  força das temperaturas mais altas e nas distâncias medidas em oceanos.

Perdeu credibilidade.

Agora que a besta já menos brava, está quase domada, em muitos lugares é hora de reunir a comitiva pra seguir viagem.  Sem o astrolábio da OMS.

Muitos ficaram para trás. Perdidos no caminho da volta.

Outros precisarão de mais tempo. Vão esperar pra ver se o perigo passou completamente, para depois encontrarem o destino.

A grande dúvida é quem vai dizer quais veredas podem ser seguidas, quem são e quantos caravaneiros farão parte de cada comitiva.

Para ninguém se perder no caminho da volta é bom ver os exemplos por aí afora.

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A  História registra que as quarentenas terminam em duas situações. Quando ninguém mais é acometido pela doença. Ou mesmo,  ainda com registro de  novos casos, as pessoas cansam do confinamento e voltam às atividades de antes.

Enquanto as terrassas das ramblas espanholas reabrem (com menos mesas), churrascarias gaúchas voltam a atender (sem rodízio) e as aulas da Universidade de Cambridge continuam sem interrupções (online, também por todo o ano letivo 2021), como será nosso retorno, é o que precisamos pensar.

Quem está no caralho (com todo o respeito náutico) já avista sinais de aproximação de terra firme.

Os Estados Unidos onde  fábricas de carros passaram a montar ventiladores respiratórios e insumos médicos foram confiscados, já respiram sem auxílio de aparelhos.

Os navios-hospitais zarparam do porto de Nova Iorque, o de campanha  já foi desmontado no Central Park e caminhões frigoríficos não são mais vistos nos estacionamentos antes reservados aos médicos.

Toda tempestade acaba. Ainda enfrentando ventos fortes,  é tempo de planejar o retorno.

De identificar regiões que estão sendo menos acometidas. E começar por elas.

Depois que o bom senso bateu o centro, com a  retomada das obras da barragem de Oiticica, tem que manter isso assim, viu?

E flexibilizar mais.

Liguem as luzes e acendam as pouquíssimas fornalhas das nossas poucas fábricas.

Reabram o comércio. Menos na semana do pagamento do programa meus 600, minha vida.

Voltem aos restaurantes. Com distância entre as mesas e atendimento sob reserva. Lembrem que a clientela idosa é a mais endinheirada e continuará no delivery.

Retomem as aulas. Com 20 alunos por classe. E merenda reforçada. Melhor aula dia sim, dia não que nenhuma. De barriga vazia.

Digam aos velhos, aos muito gordos, aos doentes e aos empresários do turismo que tenham um pouco mais de paciência.

Rezemos. Louvemos. Cantemos. Adoremos.

Logo tudo isso será passado. E saudade

A vida voltará.

Vitoriosa.

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