6 de maio de 2024
Política

PSB e PDT articulam Federação e podem unir Rafael Motta e Carlos Eduardo no RN

Do Globo 

Após encolherem no Congresso neste ano, PSB e PDT, duas siglas aliadas do presidente Lula (PT), darão nesta semana o pontapé inicial nas articulações para formar uma federação, de olho nas eleições municipais de 2024 e no pleito de 2026.

O PSB reunirá sua Executiva nacional nesta quinta-feira e apresentará formalmente a possibilidade de se juntar ao PDT por, no mínimo, quatro anos. Entre os pedetistas, o movimento tem recebido sinalizações positivas.

Os dois partidos já concordaram em formar um bloco na Câmara, que somará 31 deputados — 17 do PDT e 14 do PSB. A federação teria ainda sete senadores.

Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o objetivo na reunião desta quinta-feira é “discutir hipóteses” para o futuro da sigla.

Na avaliação da cúpula pessebista, o fim das coligações proporcionais, que entrou em vigor no ano passado, e o avanço da cláusula de barreira forçam a análise de caminhos para a sobrevivência de partidos de diversos campos.

— Os resultados mostraram que o isolamento não é a solução. PSB e PDT são dois partidos com o mesmo tamanho, e o equilíbrio é muito importante numa federação — disse Siqueira.

No início de 2022, o PSB chegou a negociar uma federação com o PT, mas as tratativas não foram adiante. Dirigentes do partido consideraram que o modelo proposto daria mais poderes aos petistas, que teriam ampla maioria na Executiva nacional da federação, e optaram por apenas coligar o PSB à chapa de Lula, sem necessariamente replicar o vínculo nos estados.

Em 2022, a bancada eleita pelo PSB para a Câmara, de 14 deputados, foi menos da metade dos 32 eleitos pelo partido em 2018.

O PDT também caiu de patamar: fez nove deputados federais a menos do que os 28 que havia elegido no pleito anterior.

O decréscimo ligou o sinal de alerta em ambos para as condições futuras de bater a cláusula de barreira, que exigirá, a partir de 2030, ao menos 3% dos votos válidos nacionalmente na eleição à Câmara para que as legendas mantenham acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda em rádio e TV.

PSB e PDT, que haviam tido mais de 5% cada em 2018, no ano passado obtiveram 3,8% e 3,5%, respectivamente.

TL COMENTA 

No Rio Grande do Norte, a Federação PSB + PDT traz dois dados interessantes.

Foi exatamente com a divisão dos dois dirigentes das siglas, o pedetista Carlos Eduardo e o psbista Rafael Motta  que o senador Rogério Marinho venceu a disputa de 2022.

Marinho teve 41,85% dos votos válidos, superando Carlos Eduardo (PDT), com 33,40% e Rafael Motta (PSB) com  (22,76%).

O outro dado é que ambos são nomes cotados para disputar a Prefeitura de Natal no próximo ano como alternativa ao nome de Natália Bonavides do PT e da base de Lula,  como eles.  

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