PTistas se reúnem para traçar reação à supremacia de Bolsonaro nas redes sociais
Da Folha
Em reunião com os caciques do PT esta semana, um resultado: a prioridade inevitável da legenda é investir em conteúdo para redes sociais, hoje um território dominado pelas fileiras bolsonaristas.
Uma medida dessa desvantagem é o número de seguidores do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, hoje em 5,9 milhões, mais de quatro vezes do que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 1,4 milhão.
No final de janeiro, uma pesquisa da consultoria Quaest mostrou Bolsonaro em segundo lugar num ranking que mede a popularidade em redes sociais, com índice 66,24 numa escala de 0 a 100, bem à frente de Lula (29,09).
Ambos estavam atrás de Luciano Huck (75,36).
Petistas admitem que não têm sabido responder à agenda imposta por figuras como o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, ou o filósofo Olavo de Carvalho, que comandam inúmeros influenciadores digitais conservadores.
Uma dificuldade para a comunicação petista será aproximar diversos órgãos e entidades que hoje atuam de forma descoordenada.
Além do PT, que tem uma agência de notícias, produzem conteúdo a Fundação Perseu Abramo (braço de estudos do partido), entidades como CUT e MST e veículos alinhados, como Jornalistas Livres, Mídia Ninja e Brasil de Fato.
Nada se compara, no entanto, ao desafio de incluir nessa estratégia o maior produtor de conteúdo do partido, o ex-presidente Lula, notoriamente imprevisível na forma de se expressar.
O Instituto Lula tem sua própria equipe de comunicação e opera de forma autônoma do PT.
Segundo Tatto, a conjuntura política obrigou o partido a se mexer.
“Se o Haddad tivesse sido eleito presidente, talvez não estivéssemos tão preocupados com isso, mas a realidade com Bolsonaro nos deu esse desafio. Nossa comunicação política não pode ser feita apenas durante as campanhas eleitorais, tem de ser permanente”, afirmou.
O PT, nos próximos meses, deve focar suas críticas a Bolsonaro em três frentes: o ataque à democracia promovido pelo governo federal, a agenda contra direitos humanos simbolizada pelo pacote anticrime do ministro Sergio Moro (Justiça) e a precarização do trabalho e do emprego, em razão da política econômica de Paulo Guedes (Economia).
O partido acredita que, com uma comunicação forte e atuantes nesses temas, poderá fazer frente às investidas do governo e da direita.
Haddad afirma que o partido quer enfrentar a máquina de comunicação de Bolsonaro sem repetir as mesmas estratégias dele.
“Não vamos espalhar fake news, por ser algo eticamente incorreto e taticamente ineficaz. Isso legitima um campo que o Bolsonaro domina, fortalece essa lógica”, diz o ex-prefeito, que foi candidato a presidente em 2018 .
Estão atrasados apenas um ano, experimentando do próprio veneno.
Os indices de desemprego caindo e esses animais vão atacar o q, façam uma alto critica do que fizeram errado quem sabe recuperem alguns eleitores.