Questionamento das urnas electrônicas pelo PL aponta clima de derrota antecipada
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, não tem escondido de pessoas próximas a insatisfação por ter contratado o Voto Legal, responsável pela análise que questiona a lisura das eleições.
A empresa foi admitida a pedido de Jair Bolsonaro em valores que podem superar R$ 1 milhão.
Ontem, um documento do instituto com críticas recicladas e, segundo o TSE, falsas provocou uma guerra de versões no partido.
Enquanto a bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), recém-chegada na sigla, postou o documento em suas redes, reverberando dúvidas às urnas, o vice-presidente Capitão Augusto (PL-SP), no partido desde antes da chegada de Bolsonaro, disse que “confia plenamente” no processo eleitoral e que a auditoria visa a “contribuir com o TSE”.
TOM DE DERROTA ANTECIPADA
Nos bastidores, Valdemar tem demonstrado desânimo com o desempenho do presidente nas pesquisas e diz estar preocupado com o controle do partido diante da divisão que se avizinha após a eleição, entre bolsonaristas recém-chegados e os que já estavam na legenda.
Na campanha do presidente, há quem considere ruim questionar as urnas perto do pleito, o que mostraria tom derrotista.
O documento do PL que questiona as urnas foi protocolado há 10 dias no TSE por Carlos Rocha, do Voto Legal.
Alguns políticos do partido, questionados nesta quarta, diziam desconhecê-lo ou até duvidaram inicialmente da autenticidade.
Do Estadão