SERVE PEPSI?
Quando chegavam a Parnamirim Fields, no meio da viagem para a guerra de verdade, os gringos só queriam saber de vadiar.
E tome festa, Fox-trot e Jazz.
E arroche. Para todos. Forrobodó for all.
Nas muitas estórias que contam, marcas no behavior dos nativos e no way of life dos que viriam a nascer depois, nessas ribeiras do Potengi.
A soldadesca, homesick, não sabia dizer o que era aquele sentimento porque só os brasileiros tinham a palavra certa.
Sob o sol de 80° F, quando lembravam dos anúncios em neon, não tinha como não sentir saudade da bebida preferida.
–How about a Coke?
O jeito foi trazer junto com as caixas de penicilina, engradados do líquido mais consumido na América. Depois da água.
75 anos depois, a Governadora faz a mesma pergunta.
–Que tal uma Coca?
Na sequência de reinaugurações, depois do Teatro, do Forte e da Biblioteca, a bola da vez é o Museu da Rampa.
Que não seja por conta de festa, que mais de uma já houve. Daquelas de cortar a fita simbólica e de degustar scotch de procedência duvidosa.
Na corrida perdida pelo museu da Segunda Grande Guerra para a antiga Eduardo Gomes, o governo estadual propôs parceria com os imperialistas yankees para investimentos em merchandising.
As negociações ou entraram no módulo top secret ou teve recaída ideológica infanto-juvenil, por parte de alguma destas tendências que acolhem os companheiros.
Nestas horas, vale lembrar que até o comandante Fidel era chegado à refrescância gasosa.
O primeiro museu de origem popular, a ser instalado no primeiro museu sem acervo no mundo, na Rampa, no governo socialista, parece também depender da grana maldita dos capitalistas exploradores, em seus momentos de benemerência, via Banco Mundial.
Como o tempo urge, e daqui a pouco os candidatos e candidatas à reeleição, estarão proibidos de participar dos convescotes inaugurais, já é tempo de procurar uma parceria alternativa.
–Serve Pepsi?
Ou quem sabe, Dore Cola?
Guaraná Jesus, Dolly, Cajuína São Geraldo. todos Brasileiros!! Grapette quem bebe repete. E assim seguimos sem a boa eructação. O Dr. escreve bem!! Abraço.
Não será por falta de refrigerante que vamos esquecer nossa epopeia na Segunda Guerra Mundial.
Obrigado pela leitura, comentário e elogio.
Feliz Ano Novo.
Todos*