2 de maio de 2024
Nota

Só 26% do setor de bares e restaurantes têm lucro em março de 2024

Pesquisa da Abrasel realizada em março acende sinal de alerta para o setor de bares e restaurantes em 2024.

Ainda lutando para se livrar de dívidas acumuladas, 30% das empresas operaram no vermelho em fevereiro – pior índice desde março do ano passado.

Além disso, quase um terço das empresas registraram prejuízo em fevereiro, um crescimento de oito pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. 44% das empresas operaram em estabilidade e 26% fizeram lucro. 

Ainda segundo a pesquisa, três dos principais fatores responsáveis pelo desempenho negativo das empresas que operaram em prejuízo foram a queda das vendas no mês (79%), redução no número de clientes (62%) e custo de alimentos e bebidas (28%).

Quanto a inflação no setor, os estabelecimentos seguem com dificuldades de ajustar os preços do cardápio acima do índice geral: 40% dos estabelecimentos não conseguiram aumentar os preços nos últimos 12 meses (número estável em relação à pesquisa anterior); 49% realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação e apenas 12% reajustaram acima da inflação.

“São dados preocupantes. Março tem sido um mês difícil para o setor, afinal 30% das empresas operam no vermelho. E do mês passado para cá esse percentual aumentou 8%, um número impactante e que mostra que precisamos superar esses desafios significativos”, afirma presidente da Abrasel no RN,  Paolo Passarielo

A Abrasel no RN também pretende trabalhar na construção de um plano de resgate do setor junto com a Abrasel Nacional.

“Contratamos um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que vai se aprofundar nas causas das dificuldades que o setor vem enfrentando, já propondo caminhos e medidas que podem ser tomadas para resolvê-las de vez. Esperamos poder apresentar estas propostas o mais breve possível às autoridades e à sociedade. Só com o trabalho em conjunto podemos retomar os trilhos, afirma Paulo Solmucci – Presidente da Abrasel Nacional.

A pesquisa indicou que 47% das empresas têm dívidas em atraso, um aumento de quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

Os impostos federais lideram a lista de pagamentos atrasados (71%), seguido de impostos estaduais (47%), empréstimos bancários (37%), encargos trabalhistas/previdenciários (26%), serviços públicos (26%), fornecedores de insumos (24%), taxas municipais (22%), aluguel (21%), fornecedores de equipamentos e serviços (13%), e empregados (7%).

Reforço da mão de obra

Apesar dos desafios enfrentados pelos estabelecimentos, 21% dos empreendedores pretendem contratar mão de obra no primeiro semestre de 2024. 49% esperam manter o atual quadro de funcionários e apenas 23% pensam em demitir e 7% ainda não se decidiram. A tendência é de que essas novas vagas visam suprir a alta demanda das duas datas mais rentáveis para o setor: Dia dos Namorados e Dia das Mães.

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