9 de maio de 2024
Imprensa Nacional

Só Fátima poderá dar vitória ao PT no 1º turno

Vitoriosos na eleição para governador dos nove estados do Nordeste em 2018, os candidatos apoiados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região enfrentam mais dificuldades neste ano.

Alguns deles estão em maus lençóis até em locais que eram comandados por petistas ou aliados.

Não à toa, o ex-presidente alterou sua agenda na reta final de campanha e faz hoje visitas relâmpago para alavancar candidatos petistas na Bahia e no Ceará.

SÓ O RN ESTÁ CONFORTÁVEL PARA O PT NO 1º TURNO

Segundo os institutos de pesquisa, o Nordeste promete dar a vitória para Lula com larga vantagem. Mas, na disputa para os governos locais, a situação só parece confortável no Rio Grande do Norte.

Caso se confirmem os mais recentes números das pesquisas do Ipec nos nove estados, a governadora potiguar Fátima Bezerra (PT) deve ser a única (re)eleita apoiada por Lula já em primeiro turno.

Ela também é a única petista que lidera um cenário de forma isolada na região.

No Rio Grande do Norte —após ser a única mulher a vencer em 2018 e ter apenas o apoio do PCdoB—, Fátima conseguiu, com articulação direta de Lula, fazer um arco de alianças que incluiu uma aproximação com a família Alves e o MDB.

O vice dela é o deputado federal Walter Alves (MDB), filho do ex-senador e ex-ministro Garibaldi Alves Filho.

Fátima Bezerra (PT) – 49%

Capitão Styvenson (Podemos) – 20%

DERROTA NA BAHIA

No maior e mais populoso estado da região, onde o PT tem a maior hegemonia do país, a candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT), apesar de ter crescido nos últimos levantamentos, corre o risco de perder a eleição já no domingo para ACM Neto (União Brasil). Se isso acontecer, o partido perderá um reduto que governou por 16 anos, o maior tempo seguido do PT no país.

No estado, entretanto, os problemas antecederam ao lançamento do nome. Impulsionado nos últimos anos como o sucessor de Rui Costa (PT), o senador e ex-governador Jaques Wagner (PT) desistiu de concorrer, e o PT precisou lançar um outro nome quase em cima da hora.

No maior e mais populoso estado da região, onde o PT tem a maior hegemonia do país, a candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT), apesar de ter crescido nos últimos levantamentos, corre o risco de perder a eleição já no domingo para ACM Neto (União Brasil).

O QUE ACONTECEU? 

A cientista política Luciana Santana, professora da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), lembra que o PT tinha um capital político grande em 2018, em parte pela possibilidade de reeleição — todos os candidatos do partido que tentaram um segundo mandato em 2018 venceram em primeiro turno no Nordeste: Camilo Santana (Ceará), Rui Costa (Bahia) e Wellington Dias (Piauí).

“Em alguns estados, não foi possível conseguir renovações de nomes capazes de serem competitivos”, diz, citando que a hegemonia dos nomes eleitos em 2018 deve ocorrer agora na disputa ao Senado, já que quatro governadores que venceram há quatro anos renunciaram em março ou abril e lideram com folga a disputa.

“Isso mostra que os governadores eleitos lá em 2018 tinham esse capital, e essa força neste ano será transferida para a disputa ao Senado”, afirma.

Por fim, ela lembra ainda que, como Lula tentou ampliar a frente nacional em torno de sua candidatura, o PT acabou cedendo espaço em alguns estados.

Fonte: UOL

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