“Televisão é imagem” e… Bolsonaro se saiu melhor do que esperado

Os teóricos da Comunicação sempre ensinaram: “televisão é imagem”.

Ou seja, não adianta o melhor discurso se a forma desmente o que foi dito.

Significa dizer que ao escolher uma mentira a cada 3 minutos de fala – segundo o Estadão verifica – parece não ter comprometido a primeira impressão da participação do Presidente Jair Bolsonaro (PL) no Jornal Nacional de segunda-feira, 22.

Fato é que ele não se descontrolou, não alterou a voz e não bateu na mesa. Do outro lado, os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos, tentando cavar declarações impactantes do candidato à reeleição.

Bonner conseguiu uma promessa de respeito ao resultado das urnas eletrônicas “desde que” sejam transparentes.

Ninguém esperou profundidade em plano de Governo e futuro e também não teve.

Sobre a pandemia teve a oportunidade de se desculpar sobre a condução na Amazônia, atraso das vacinas e sobre o tratamento precoce. Mas não o fez e seu eleitorado também não parece se importar com essa falta de solidariedade, nem fidelidade aos fatos.

“E daí?”E daí que ele não repetiu a expressão da “literatura portuguesa” e isso já foi muito equilíbrio para um momento de tanta exposição e pressão.

Um especialista que acompanhou o embate de olho num grupo de pesquisa qualitativas declarou a repórter Malu Gaspar do Globo que finda a entrevista, Bolsonaro não conquistou nenhum voto entre indecisos.

Ou seja, saiu como entrou sendo o mito para seus apoiadores e o “minto” para seus adversários.

Resta saber como os demais candidatos vão se sair durante a semana de sabatina. O resultado do ex-presidente Lula, por exemplo, pode mudar o placar geral da rodada. Ou seguir empate…