Um a cada 5 brasileiros admite ter presenciado assédio sexual contra mulher em 2022
Um a cada cinco brasileiros afirma ter visto alguma mulher sendo abusada sexualmente em 2022, aponta o levantamento International Women’s Day, realizado pelo instituto de pesquisa de mercado Ipsos em conjunto com a Universidade King College, de Londres.
O estudo, direcionado ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira, 8 de março, entrevistou 22.508 pessoas entre 16 e 74 anos de 32 países diferentes sobre assuntos que envolvem igualdade de gênero, violência contra a mulher e percepções sobre a discriminação contra o público feminino.
Mil brasileiros participaram da pesquisa, que foi feita de forma online entre os dias 22 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro deste ano.
O grupo de 21% de entrevistados do Brasil que afirmou ter visto, de forma próxima, uma mulher sendo vítima de abuso sexual no ano passado colocou o País na 8ª colocação do ranking na categoria, cuja média de respostas positivas foi de 14%.
O país que mais reuniu testemunhas deste tipo de violência foi a Tailândia, com 30%, seguido de Peru (29%), Índia (28%), Indonésia (25%), África do Sul (23%), Colômbia (22%) e Malásia (21%). As três últimas nações do ranking foram a Hungria e a Polônia (as duas com 6%), e o Japão, onde só 4% disseram ter visto alguma mulher sendo vítima de violência sexual.
Outros dados sobre brasileiros levantados na pesquisa International Women’s Day 2023
- 70% acreditam que as mulheres vão conseguir atingir a igualdade de gênero quando os homens apoiarem os direitos delas;
- 74% dos brasileiros afirmam que há medidas que a própria pessoa pode adotar para promover a igualdade entre homens e mulheres;
- 46% dos brasileiros se definem como feministas;
- 66% discordam da afirmação de que um homem é “menos homem” quando precisa ficar em casa para cuidar de uma criança;
- 78% enxergam que, atualmente, existe uma desigualdade entre mulheres e homens em termos de direitos sociais, políticos e/ou econômicos no país;
- 47% dizem ter medo de defender os direitos das mulheres por receio das consequências;
- 23% admitem ter presenciado descriminação de gênero no trabalho em 2022 e 21% afirmam que falaram sobre o assunto no ambiente profissional no ano passado;
- 34% afirmam ter conversado com amigos ou familiares sobre igualdade de gênero em 2022;
- 27% dizem ter alertado, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher;
- 10% (9% homens e 11% mulheres) admitem ter participado de algum protesto em defesa dos direitos das mulheres no ano passado;
- 13% dizem não saber como conversar sobre igualdade de gênero;
- 8% admitem que se preocupam com o que as outras pessoas vão achar sobre o posicionamento adotado; e 10% temem que isso pode prejudicá-los no trabalho;
- 7% dizem não querer promover a igualdade de gênero e 5% acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres não existem.
Fonte: Estadão