Uma morte não anunciada
A morte do mais conhecido virologista francês, prêmio Nobel de Medicina, um dos descobridores do vírus da AIDS e crítico ferrenho das vacinas, divulgada ontem pelo site-tabloide FranceSoir, e também postada neste Território Livre, levou mais de 24h para chegar às páginas eletrônicas da grande mídia.
No The New York Times, com direito a “breaking news”:
Luc Montagnier, descobridor do HIV vencedor do Nobel, morre aos 89 anos
“Ele descobriu o vírus que causa a Aids, brigou por causa dele e depois se tornou polêmico, assumindo uma postura antivacina durante a crise do Covid-19.
Sagrado pela descoberta do vírus da Aids em 1983, o virologista atraiu a ira da comunidade científica após várias declarações controversas, principalmente sobre vacinas.”
O Le Figaro, mais importante jornal da França também cumpriu a mesma quarentena para a divulgação do necrológio:
“Prêmio Nobel de Medicina e figura antivacina, o professor Luc Montagnier morreu em 8 de fevereiro, aos 89 anos, no Hospital Americano de Neuilly (Hauts-de-Seine). Esta informação, publicada na quarta-feira pelo site FranceSoir, foi confirmada pelo Le Figaro por quatro fontes, incluindo três de seus colaboradores próximos, incluindo os médicos Béatrice Milbert e Gérard Guillaume. “Morreu cercado pelos filhos”, relata em particular este último.”