26 de abril de 2024
Política

Agripino critica Robinson pela falta de medidas que garantam equilíbrio econômico no RN

O senador José Agripino Maia, que já foi governador do Rio Grande do Norte, se mostra preocupado com a situação financeira do Estado, e a ausência de medidas por parte do governador Robinson Faria. 

Veja o que disse Agripino ao avaliar os 100 dias de Robinson, em entrevista a esta Tribuna do Norte: 

“Está muito no começo. Os prefeitos me dizem que nunca passaram por uma situação financeira tão difícil como estão enfrentando agora. Eles dizem que não sabem como será o segundo semestre. E eu não vejo o Governo do Rio Grande do Norte tomar nenhuma medida no rumo de saneamento das finanças. Será que o Rio Grande do Norte está num mar de bonança? Eu não acredito. Gostaria muito, mas não acredito. O que se sabe é que a folha está sendo paga pelo socorro de um fundo previdenciário, cuja legalidade se questiona e terá que ser reposto. E, em matéria de investimentos, eu não tenho informação de nada que esteja sendo feito com recursos produzidos pelo Governo do Estado. São decorridos pouco mais de 100 dias de Governo. O que me preocupa é que não foram adotadas medidas que preparem quatro anos de Governo, a sustentabilidade. Nós vivemos uma crise na economia do Estado. Fiquei alarmado com os dados do IBGE que mostram que o maior desemprego nos Estados do Brasil inteiro está no Rio Grande do Norte. O desemprego aponta para o nível de atividade econômica. Eu vejo com muita preocupação o que está ocorrendo aqui e no resto do Brasil. E me reporto a mim mesmo, em 1991, quando assumi o Governo do Estado fui obrigado, com o coração sangrando, a demitir 4 mil pessoas e fechar sete órgãos da administração direta e indireta para passar um primeiro ano de profundo desgaste e só recuperar as condições de governar do segundo ano para frente. A situação do Estado naquela época era ruim, mas não sei se a de hoje era melhor do que aquela. Pelo contrário, no contexto, acho que a de hoje é situação pior a que me levou demitir 4 mil pessoas. Vejo com preocupação o que está por ocorrer”.