25 de abril de 2024
Cotidiano

Professor da UFRN está na China para desvendar vulcões que existiram no RN

Informações do Jornal O Globo:

Um pesquisador brasileiro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) está na China para desvendar vulcões que existiam onde hoje é a região Nordeste do Brasil.

O professor Zorano Souza, do departamento de Geologia, quer saber se as erupções eram explosivas como as do Vesúvio, na Itália, ou se elas escorriam lentamente, como acontece no Havaí, nos Estados Unidos.

—Rochas vulcânicas derivam de magmas (material rochoso em estado de fusão em alta temperatura prove- niente de grande profundi- dade da Terra) que podem se comportar de modo mais tranquilo ou explosivo durante a erupção. Este comportamento diferente depende de características químicas do magma: rico em magnésio e pobre em va- pores de água e silício no caso do Havaí; rico em silício e vapores de água e pobre em magnésio, como no Vesúvio — explica o especialista.

Apesar de ter acontecido num passado muito distante, elas deixaram traços notáveis na geografia do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, como os corpos vulcânicos em Angicos (Pico do Cabugi, Cabugizinho da Arara, Carcarazinho), em Pedro Avelino (Serra Aguda), em São Tomé (Serrote Preto) e em Cerro Corá (Serra Preta), todos no Rio Grande do Norte. Até hoje, foram identificadas cerca de 100 a 150 ocorrências de vulcanismo no Nordeste, principalmente na faixa entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba. No entanto, o pes- quisador tranquiliza os moradores.
—São todos vulcões ou raízes de vulcões extintos. Não mostram qualquer tipo de atividade sísmica em profundidade, o que elimina a chance de voltarem a ser ativos — explicou o pesquisador.