2023, O ANO QUE JÁ COMEÇOU

 

Todo fim-de-ano, as esperanças se renovam, repetidas; mas,  no íntimo, todos sabem: o que vem com nova numeração é a continuação do velho, tal qual  o vivido, conhecido e  abandonado.

Depois que o planeta foi invadido pela pandemia alienígena, os desejos de toda a humanidade convergem para um pensamento único.

A volta da vida que se  levava antes. Mesmo que venha travestida de um novo normal.

Como será?

A  resposta, mais uma vez é encontrada nos velhos manuais esotéricos, nos astros, na natureza  e nos elementos.

Os chineses (sempre eles) que têm muitos mais milênios de calendário, esperam tempos bravios a serem domados.

O ano novo deles, que só começa em 3 de fevereiro, vai ser regido pelo signo Hu, e comandado pelo Tigre.

A característica que salta aos olhos, como o movimento inesperado da aparentada onça, é que se espere muitas mudanças.

Os pessimistas haverão de partejar o aparecimentos de novas cepas e variantes do vírus camaleônico.

Outros, por trás das lentes do otimismo já vislumbram novas táticas de enfrentamento pelas autoridades sanitárias e políticas, admitindo que a erradicação do mal não será possível no ano lunar que se inicia.            

Será preciso descobrir uma maneira de convivência com o inimigo mortal que continua à espreita, dormindo ao lado, em países pobres que não tem como se proteger.

Aos incrédulos, a memória lembra, o Boi de Metal que agoniza, anunciou a dominação do mundo em 2021. E deu no que deu.

Nas proximidades da planície, em curva descendente, poucos acreditavam numa segunda e em outras ondas, depois que as  vacinas chegassem às praias.

Nem que tudo estaria ainda dominado.

O Tigre representa força, destemor e liderança. Não custa nada, pensar nestas característica na hora de trocar os dirigentes. De preferência, de pelugem renovada, em mais de duas tonalidades.

O ano e as garras do Tigre têm um contraponto nas constelações ocidentais. O signo de Aquário nos lembra da era que ainda não terminou, prometendo longo período de paz, amor e vida nova.

Para a mitologia africana iorubá, as expectativas são mais alvissareiras.

Da dupla regência de Exu e Iemanjá, advirá um tempo mais dinâmico, com homens e mulheres capazes de alterar o curso da natureza.

Exu é o mensageiro, com fama de travesso, o elo que faltava na comunicação entre o humano e o divino.

Iemanjá , a mãe de todos os orixás é quem decide o destino daqueles que entram no seu mar de amor.

Os tambores e atabaques anunciam o que vivos, veremos.

Novo, abundante, fruto do entendimento, concebido com generosidade, a ser repartido com todos os povos.

Ninguém duvida que os deuses nos reservam melhores dias.

A mensagem que vem do além é clara.

A vida nunca mais será como antes.

A vacina é somente a dádiva que anunciou o recomeço.

A peleja continua, agora  com a força do Tigre e a proteção de Exu e Iemanjá.

Salve 2023!