26 de abril de 2024
Opinião

Diferenciar é preciso; conduta de Álvaro Dias nada tem a ver com a de Jair Bolsonaro

Na semana que a luz vermelha acendeu – do sul ao norte do país –  porque o aumento de casos de Coronavirus lotou os leitos hospitalares públicos e privados,  viu-se também ânimos acirrados nas redes sociais num verdadeiro caça às bruxas.

Politização da pandemia continua ON. Por aqui, no Rio Grande do Norte, não foi diferente.

No primeiro momento, um vilão identificado a partir da entrevista da médica Marise Freitas ao Bom Dia RN de segunda-feira: “90% dos pacientes de UTI tomaram Ivermectina”.

Em seguida, ela recuou e disse que os 90% não eram tão científicos como as pessoas entenderam. Não poderia comprovar o dado.

Sim, maneira de falar de uma cientista que não está em ambiente científico. Um arredondar de impressões, experiências e expressões. É a verdade de uma profissional conceituada, que tem a reverência e respeito da comunidade acadêmica do RN.

A repercussão da entrevista ultrapassou os limites do RN e a polarização inevitável.

Logo, um rótulo: Natal é a cidade que o prefeito Álvaro Dias (PSDB) prometeu combater a pandemia com tratamento preventivo e não entregou o resultado…

O time dos liderados pela Governadora Fátima Bezerra (PT) entrou em campo para colar em Dias o rótulo de negacionista, inconsequente, imprudente, tal e qual acusavam o presidente Jair Bolsonaro.

Onde a verdade na narrativa que parece querer ganhar corpo numa fase eliminatória para 2022?

No distanciamento.

Senão vejamos.

O prefeito Álvaro Dias, que é médico, enfrentou a pandemia com atitudes e ações concretas de combate ao crescimento da doença como prescreve qualquer protocolo de Organização Mundial de Saúde.

De máscara e evitando aglomerações em sua própria campanha de reeleição, AD não pode ser acusado de dizer que não fez o que recomendou. Participou de uma campanha que não foi vista uma carreata para contar a história.

Entregou um Hospital de Campanha em tempo curto e levantou a bandeira do Comitê Científico que defende uso de medicamentos para Covid-19 seja com Ivermectina, azitromicina ou anticoagulantes.

Não foi ele que inventou a fórmula. Existem médicos e cientistas que defendem o mesmo. “Ah, mas não existe comprovação científica que comprove a eficácia”…

Mas nem as tão sonhadas vacinas ainda têm comprovação costumeira fora da pressão de pandemia.

Meme que caiu na rede esta semana
Meme que caiu na rede esta semana

Foi o que defendeu a Dra Roberta Lacerda em entrevista ao Jornal das 6 da 96 FM , noite de sexta-feira.

Dra Roberta não é Bolsonarista, nem Petista. Faz questão de dizer que não.

É uma cientista que tem vivência prática e que trabalha no front há um ano. Precisa ter e dar respostas diárias a pacientes que esperam ser medicadas. Que buscam melhorar a respiração,  sem medo de dormir e acordar com os efeitos de uma trombose ou AVC.

Ela faz parte de estudos com colegas dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha. Como ela, buscam caminhos para aliviar a dor de quem tem que tratar a cada dia. E com eles segue aprendendo que a Ivermectina tem, sim, efeito. Que a Hidroxocloroquina em dosagem mais baixa não causa arritmia e ajuda num determinado estágio da doença.

Dra Roberta lembra os que chamam de “remédio para piolho” que Viagra não surgiu como remédio para ereção e o minoxidil não nasceu para fazer crescer cabelo.

Assim, caminha a humanidade e os medicamentos. Isso acrescentado ao baixo custo da medicação e aos interesses nada republicanos dos laboratórios numa guerra paralela.

Como ela,  existem muitos outros. Em Natal, India ou Japão. São profissionais que não estão em campanha política e não têm qualquer pretensão nesse sentido.

Como cidadão e gestor, Alvaro Dias se filiou a essa corrente. Mas isso está longe de negar a doença e o tratamento correto dado a ela.

Principalmente porque nunca deixou de prescrever o isolamento social, o uso de máscaras e higienização das mãos. Fez campanhas publicitárias para dar este recado.

Buscar a ciência é buscar provar a verdade, quando ninguém a tem.

Por mais tempo e trabalho que se possa exigir..

Isso ainda vai levar um tempo. E precisa de premissas críveis.

Para começar, não comparando a conduta do prefeito de Natal ao do presidente negacionista Jair Bolsonaro. Não seria honesto  com o Bolsonarismo, nem justo com os cientistas que merecem, sim, o respeito de todos.

3 thoughts on “Diferenciar é preciso; conduta de Álvaro Dias nada tem a ver com a de Jair Bolsonaro

  • Lécio Bezerra

    Alvaro Dias, é o prefeito que mais defende sua população conta a COVID19, o Município do Natal tem o melhor e mais estruturado Hospital de Campanha do Brasil, o Ginásio Nélio Dias, tem equipe de profissionais exemplares na colheita de exame e distribuição de medicamento precoce para o covid 19, parabéns ao prefeito Álvaro Dias por não fazer politicagem com a saúde do seu povo. (Não sou eleitor em Natal, mais sou residente em natal e tem o dever e reconhecer o trabalho deste prefeito.) Enquanto a vacina não chega vou de invermectina. que Deus abençoe a todos.

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  • Ary

    Gestor responsável é assim!

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  • observanatal

    Brilhante texto.

    Guia Dantas, aqui não deu para levar para sua simpática panelinha e nem para comprar? Fátima não sabe lidar com esse desespero que é situação de calamidade. É claro que nenhum gestor, que tenha um pouco de humanidade, dorme tranquilo nessas condições. O problema é que o governo do estado apenas quer surfar na onda boa, na onda de quebra joga para os prefeitos, para o presidente.
    Se os leitos começaram a aumentar em novembro, nossos gestores não acompanharam por qual razão? Excesso de confiança ou tolice? Agora estamos órfãos de tudo, dos problemas comuns da saúde e também do covid.

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