26 de abril de 2024
Coronavírus

MANHÃS FORA DO PARQUE

 

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Os comitês científicos ainda não anunciaram mas o ponto de saturação está próximo de ser atingido, antes mesmo da curva de contaminação ser considerada achatada.

As pessoas já não suportam certas restrições que foram respeitadas e já perderam o sentido. A lógica. E a paciência.

Antes que algo mais grave aconteça, é bom que as autoridades sanitárias tomem algumas providências.

O mais frequentado espaço público por caminhantes  e corredores matinais, o Bosque dos Namorados, está há mais de cinco meses fechado.

Não fazia mesmo nenhum sentido mantê-lo aberto se era recomendada a permanência das pessoas em casa, em quase lockdown.

Já não é assim depois dos recentes decretos de flexibização.

Não se trata mais de quarentena.

Agora que a poeira começou a baixar e o medo, idem, tem havido a gradual retomada das atividades físicas.

Recomendadas em ambientes abertos, amplos e ventilados, até academias de ginástica  estão adotando treinamentos fora das suas sedes, ao ar livre.

Há sinais claros da necessidade do acesso às dependências e pistas do parque, que ainda não foram devidamente avaliados.

Na rua, o distanciamento tem obrigado os caminhantes a ocuparem, além das calçadas e faixas para pedestres, os espaços dos carros que já circulam em número igual  ao de antes do novo normal.

Acidentes podem acontecer. Atropelamentos e esbarrões com bicicletas, igualmente.

Também não se tem levado em consideração a falta que fazem os banheiros.  Ninguém pensou na necessidade  de instalação de sanitários químicos.

Em faixas etárias ditas melhores, a capacidade de contenção da urina fica reduzida  nas bexigas comprimidas pela próstatas aumentadas de volume.

Muitos ainda não retornaram ao saudável hábito da atividade física por não ter onde fazer o pitstop. Nem o pipi.

Um  usuário frequente dos reservados que chega a cometer até três números 2 por hora de caminhada, teve uma experiência desagradável e vexatória.

O aperto, a palidez e o desespero não foram suficientes para o economiário sensibilizar o guarda do portão que o alívio estava a poucos passos. Do lado de dentro.

Teve de correr para  o carro e  sair em disparada.

Um amigo, transcorrido o tempo regulamentar, telefonou para saber notícias. Estava bem.

Ainda no lava-jato. Que o serviço teria que ser completo, incluída a desodorização. Do veículo e do seu condutor.

Outro sobrevivente do isolamento, mal saído de longo período de inatividade por convalescença de cirurgia cardiovascular, poeta, costumeiro cantor de música de roedeira em mais de 90 decibéis, por pouco  não foi internado no Colônia.

Sua sorte, os anti-nosocomiais  terem fechado o pronto-socorro psiquiátrico, aproveitando a boiada da pandemia.

Espantando seus males na rua, ouviu a senhora com jeito de enfermeira que se dirigia ao trabalho, dizer que muitos dos que tratava  tinham feito muito menos que ele para merecer isolamento compulsório em camisa-de-força medicamentosa.

Até os devotos, privados das orações na capelinha da Pachamama temem agora que o surrado argumento para fechamento do parque seja ressuscitado.

Se apareceu algum sagüi morto, deve ter sido por outro motivo.

A OMS não comprovou  evidências de contaminação dos nossos irmãos da ordem dos primatas pelo coronavírus.

E está todo mundo tomando remédio pra piolho, religiosamente, de 15 em 15 dias.

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One thought on “MANHÃS FORA DO PARQUE

  • Otavio

    Tou esperando há muito ouvir e ver esta noticia da reabertura do parque.Frequentador contumaz,fico pesquisando jornais,blogs,etc.querendo ver a boa noticia da reabertura do parque.

    Resposta

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