26 de abril de 2024
OpiniãoPesquisa

Nova pesquisa Ipec confirma anti-bolsonarismo em alta para 2022

Por Josias de Souza no UOL

A mais recente pesquisa do Ipec informa que o governo Bolsonaro é reprovado pela maioria absoluta dos eleitores (55%).

A desaprovação à forma como o presidente administra o país é ainda maior (68%).

A taxa de brasileiros que declaram não confiar em Bolsonaro alcança níveis estratosféricos (70%).

Esses números conduzem a duas conclusões.

A primeira é que Bolsonaro consolidou-se como um presidente tóxico.

Sete em cada dez brasileiros o consideram um ser inconfiável. A segunda constatação é que o mote da sucessão de 2022 será o antibolsonarismo.

O Ipec, instituto criado por ex-executivos do extinto Ibope Inteligência, realizou também uma sondagem sobre a sucessão presidencial. Pesquiso dois cenários: um pulverizado, com 12 candidatos. Outro mais provável, com apenas cinco candidatos.

Em ambos Lula, que encarna o antibolsonarismo com mais nitidez, aparece como franco favorito.

O percentual de intenções de votos atribuídos ao candidato do PT é maior do que a soma dos índices de todos os demais candidatos.

Portanto, se a disputa fosse hoje, Lula teria chances de prevalecer no primeiro turno.

No cenário mais enxuto, o petista teria 49% dos votos, contra 22% amealhados por Bolsonaro.

Viriam embolados a seguir Sergio Moro (8%), Ciro Gomes (5%) e João Doria (3%).

É possível extrair dessa fotografia momentânea duas interrogações sobre o enredo do filme a ser exibido na campanha eleitoral: 1) O auxílio de R$ 400 pago a menos de 17 milhões de brasileiros pobres será suficiente para que Bolsonaro evite que Lula vença no primeiro round?; 2) A chamada terceira via, ainda congestionada, produzirá até maio um candidato capaz de ultrapassar Bolsonaro na disputa pela segunda vaga?.

Moro  continua tecnicamente empatado com Ciro, que empata estatisticamente com Doria.

De resto, sempre existe a possibilidade de surgir um personagem com potencial para bagunçar previsões: o Senhor Imponderável.

Em 2018, ele deu as caras duas vezes: quando Lula foi preso e quando Bolsonaro levou uma facada. No mais, tudo o que está por vir é negativo para quem disputa a reeleição: fome, desemprego, carestia, uma economia anestesiada e vários fios desencapados na Justiça.

Bolsonaro fará o diabo para reverter o sentimento antibolsonaro que deu lugar ao antipetismo de 2018.

Quanto mais acrobacias fizer o presidente, pior será a herança que ele deixará para o sucessor.

One thought on “Nova pesquisa Ipec confirma anti-bolsonarismo em alta para 2022

  • PedroArtur

    O Brasil esta indo para um buraco maior do que esta , se com Bolsonaro que nao presta e nao presta mesmo, imagina com esse Sr Lula , alem do buraco ser maior enterra em lama podre.

    Resposta

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