1 de maio de 2024
Economia

PIB cresce menos do que expectativa

 

 

 

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Do Estadão 

A trajetória de recuperação da economia brasileira, após o tombo causado pela Covid-19 em 2020, passou por um soluço no segundo trimestre.

O PIB, valor de todos os produtos e serviços produzidos na economia em determinado período) registrou ligeira queda de 0,1% em relação ao primeiro trimestre, informou nesta quarta-feira, 1.º, o IBGE.

O resultado veio abaixo das estimativas de economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que, na maioria, esperavam crescimento de 0,2%. O intervalo das projeções ia de queda de 0,3% a alta de 0,7%.

No primeiro trimestre, a economia surpreendeu e o PIB cresceu 1,2% sobre os três últimos meses de 2020.

No início do ano, a retomada foi puxada por atividades voltadas para a exportação, como a agropecuária e a indústria extrativa, enquanto a demanda interna foi mais morna.

 De abril a junho, o comportamento da economia foi mais parecido com o “normal”.

O setor de serviços, que responde por pouco mais de 70% da economia, avançou 0,7% sobre o primeiro trimestre, puxando a atividade econômica, pelo lado da oferta. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias, com peso de cerca de 60% no total do PIB, ficou estável.

Dois fatores foram importantes nessa dinâmica. De um lado, a volta do auxílio emergencial ajudou a dar algum impulso na demanda doméstica. De outro lado, apesar do recrudescimento da pandemia, que registrou números recordes de mortes em março e abril, as medidas de restrição ao contato social afetaram menos o funcionamento dos negócios do que se imaginava inicialmente.

O setor de serviços abriga algumas das atividades econômicas mais afetadas pelas restrições, como bares, restaurantes, casas de show, salões de beleza, cinemas, hotéis e transporte de passageiros.

Uma marca da crise causada pela covid-19 foram os efeitos desiguais sobre a economia.

Na retomada ao longo do segundo semestre do ano passado, a demanda por serviços muito específicos – como os de tecnologia da informação (TI) e de intermediação financeira – e por bens – alimentos, remédios, eletrodomésticos e material de construção, por exemplo – cresceu acima da demanda por esses serviços mais atingidos.

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