1 de maio de 2024
Coronavírus

Ter Covid uma vez confere imunidade muito maior do que uma vacina, mas sem festas infectantes, por favor

 

An Israeli healthcare worker prepares a dose of the COVID-19 vaccine for people queuing at the Kupat Holim Clalit clinic in Jerusalem, on January 14, 2021. - Israel's initial vaccination rollout appears to be unfolding successfully, with some two million citizens having received the first of two required injections of the Pfizer-BioNTech jab, a pace widely described as the world's fastest per capita. (Photo by AHMAD GHARABLI / AFP) (Photo by AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images)

Fonte: Meredith Wadman para Science Magzine , 26/08/2021

A proteção imunológica natural que se desenvolve após uma infecção por SARS-CoV-2 oferece consideravelmente mais proteção contra a variante Delta do coronavírus pandêmico do que duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, de acordo com um grande estudo israelense que alguns cientistas desejam que viesse com  um rótulo: “Não tente fazer isso em casa”.

Os dados recém-divulgados mostram que as pessoas que já tiveram uma infecção por SARS-CoV-2 têm muito menos probabilidade do que as pessoas vacinadas de contrair Delta, desenvolver sintomas ou ser hospitalizadas com COVID-19 grave.

O estudo demonstra o poder do sistema imunológico humano, mas especialistas em doenças infecciosas enfatizaram que esta vacina e outras para COVID-19, no entanto, permanecem altamente protetoras contra doenças graves e morte.  E eles alertam que a infecção intencional entre pessoas não vacinadas seria extremamente arriscada.

“O que não queremos que as pessoas digam é: ‘Tudo bem, eu deveria sair e me infectar, deveria fazer uma festa de infecção’”, diz Michel Nussenzweig, imunologista da Universidade Rockefeller que pesquisa a resposta imunológica à SARS-CoV-2 e não esteve envolvido no estudo.  “Porque alguém pode morrer.”

Os pesquisadores também descobriram que as pessoas que tinham o SARS-CoV-2 anteriormente e depois receberam uma dose da vacina de RNA mensageiro da Pfizer-BioNTech estavam mais protegidas contra a reinfecção do que aquelas que já tiveram o vírus e ainda não foram vacinadas.  O novo trabalho pode definir a discussão sobre se as pessoas previamente infectadas precisam receber as duas doses da vacina Pfizer-BioNTech ou da Moderna.

A necessidade de vacinar-se não isenta aqueles que já tiveram uma infecção por SARS-CoV-2 e a recomendação atual dos EUA é que eles sejam totalmente vacinados, o que significa duas doses de uma das vacinas à base de adenovírus ou uma da Jansen.

No entanto, uma dose de vacina RNA mensageiro pode ser suficiente, argumentam alguns cientistas.

Outros países, incluindo Alemanha, França, Itália e Israel administram apenas uma dose de vacina para pessoas previamente infectadas.


TL Comenta:

No Brasil o Ministério da Saúde recomenda a vacinação completa para todos, incluídas as pessoas que tenham sido contaminadas, mesmo as que apresentaram formas graves da doença.

O percentual de testagens em brasileiros não permite determinar quantos estiveram expostos ao vírus e assintomáticos, desenvolveram imunidade.

Na dúvida, vacinar.

Que venham as doses de reforço.

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