VISTA CHINESA
AVISO: O texto a seguir não foi submetido ao VAR.
A eleição de Joe Biden pode começar a maior guinada na política diplomática brasileira.
As parcerias comerciais afetadas pela fama de descuidados com a preservação do meio-ambiente, vão obrigar a novos alinhamentos.
O governo Bolsonaro terá que rever seus conceitos se não quiser tomar o caminho do brejo mais cedo do que esperava e muito antes de 2022.
Além de todas as dificuldades e crise, diretamente relacionadas com a pandemia, o cenário internacional é desanimador.
O sonho de somatório de forças com vizinhos, cada vez mais distante da realidade, por divergências ideológicas e insuficiência de mercado, colocam o Mercosul no freezer para ser tentado novamente quando melhor tempo fizer.
A péssima imagem do país no exterior não permite que o acordo com a União Européia dê os próximos passos, no que seria um avanço da economia sul-americana.
A onda da direita vitoriosa nas eleições está passando. A última esperança de manter-se na crista, se desfaz com o topete de Trump.
O Presidente Joe Biden deverá, logo no início da sua administração, mostrar suas diferenças.
Não terá dificuldades.
No enfrentamento da Covid- 19 tomará medidas sem afrontar os governos estaduais e em sintonia com a ciência.
Na temática da ecologia, as maiores mudanças alinhadas aos preservacionistas colocarão o Brasil no centro das discussões.
Amazônia vista pelos gringos democratas como o pulmão do mundo, será tratada como de interesse internacional e região transnacional.
A continuação do alinhamento subserviente, não correspondido pelo big brother do norte, revelado inconsequente, não terá sentido nem com uma improvável adesão aos vencedores.
Não haverá alternativas.
O delírio pueril de liderar países mais pobres, ficou enterrado no lodaçal da corrupção transplantada para a África.
Restam os chineses.
Pacientes, absorveram todas as malcriações, indelicadezas e grosseiras apostando que este momento teria enormes chances de chegar.
A noiva está receptiva e para o casamento se concretizar, falta muito pouco.
A fórmula eficaz já foi testada no uso doméstico e tem dado certo.
Quando livrou-se dos radicais e declinou do apoio dos extremistas, o caminho estava mais livre que se pudesse imaginar.
O sempre fiel Centrão não foi tão difícil de engolir.
No plano internacional, a saída sensata é semelhante.
O maior parceiro comercial tem dado sobejas indicações de interesse em investir na região.
Seu mercado interno, em crescimento contínuo, apesar da crise sanitária, está aberto e pode incrementar as importações.
Só temos a ganhar depois que perdermos o medo dos comunistas que não comem fígado de criancinha.
Só pra começar, vacina e 5G da Huwaei.
E quem já estiver fazendo planos para as férias quando a pandemia deixar, Shanghai Disneyland estará aguardando as excursões e a garotada, de braços abertos.
Texto aprovado de madrugada, antes de sair para Maceió.
Boa viagem.
Um beijo em Sara.