Após explosão criminosa na Ponte de Igapó, Polícia esclarece que não causou dano estrutural e trânsito segue normal
NOTA
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) esclarece que, o Esquadrão Anti-Bombas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foi acionado na tarde desta terça-feira (21), para averiguar uma denúncia de explosivos na Ponte de Igapó, na Zona Norte de Natal.
Após uma vistoria técnica do BOPE no local, foi constatado que se tratava de um recipiente com pólvora prensada, similar à fogos de artifício, que produziu um alto efeito sonoro com presença de fumaça.
A ativação do artefato não causou nenhum dano estrutural na ponte.
BREVE COMENTÁRIO SOBRE A MATÉRIA EXPLOSÃO CRIMINOSA NA PONTE DE IGAPÓ
A avaliação de danos em estruturas de concreto decorrentes de explosões e incêndios, entre outros tantos fatores, como por exemplo, exposição das estruturas à atmosfera marinha agressiva (maresia) e contato permanente com esgotos saturados de cloretos e sulfatos, concorrem, invariavelmente, em maior ou menor grau, para a redução do desempenho e, inexoravelmente, da vida útil em serviço de qualquer estrutura de concreto.
É um trabalho especializado, minucioso, em geral demorado, demanda adoção de técnicas, ensaios tecnológicos, e procedimentos normatizados, além de equipamentos específicos para prospecção em estruturas de concreto, submetidas a essas anormalidades, e deve contemplar uma primeira fase de uma inspeção visual especializada preliminar, seguida de uma investigação pericial, acreditada, para um diagnóstico, minimamente assertivo.
Fora disso, à luz do atual estado da arte da engenharia do concreto, não é AVALIAÇÃO, É OPINIÃO.
Há poucos anos, fato semelhante, ocorreu com uma ponte na BR 304, no município de Lajes RN. Após uma invernada, formou-se sob essa ponte um grande poço, aprisionando peixes em maratona para a desova.
Pescadores da região, identificando a fartura de peixes aprisionados, logo partiram para a fácil pescaria.
Alheios às consequências das técnicas escolhidas para a pescaria, adotaram utilizar bombas de fabricação caseira, fabricadas com pólvora negra, a partir do pó de de carvão, sal e enxofre, como as utilizadas em desmonte de rocha em pedreiras rudimentares e fabricantes (fogueteiros) de fogos de artificio populares.
Passados poucos anos, os pilares da referida ponte atingida pelas explosões, apresentou os primeiros sinais de iminência de colapso parcial, de seus pilares, quando foi interditada para recuperação.
As explosões tinham comprometido o concreto da parte inferior dos pilares, deixando suas armaduras expostas sem recobrimento do concreto. Nesse estágio de deterioração as barras de aço dos pilares, não suportam as cargas atuantes e se dobram.
No jargão da engenharia dizemos. O PILAR SE AJOELHA. AVISANDAO QUE VAI COLAPSAR.
Felizmente foi recuperada, a tempo, sob consultoria, cuidadosa, do Eng. Dr. José Pereira.
Para apreciação dos engenheiros que concordam com o poeta Maciel Melo. Pernambucano de Iguaraci.
” Nem todo atalho diminui uma distância e nem toda ânsia no final tem Alegria”