2 de maio de 2024
Política

Defesa de Temer diz que denúncia é “armação prejudicial à nação”

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, responsável pela defesa do presidente da República, Michel Temer, apresentou há pouco em Plenário o que considera “equívocos e engodos” da denúncia do Ministério Público Federal que acusa Temer de ter praticado o crime de corrupção passiva no exercício do mandato.

“Será que isso é patriótico, será que se está fazendo isso em nome da justiça? Que justiça? Que justiça, diante de uma denúncia capenga, chocha, fruto de elaboração mental, de ficção e que só denota a ânsia de ver o País em dificuldades? “, disse Mariz.

O advogado de Temer ainda acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor da denúncia, de participar de uma “armação extremamente prejudicial à nação” ao apresentar a denúncia com base em “hipóteses e suposições”. “Eles são donos de uma verdade falsa e construída ao seu bel prazer”.

Mariz sustentou que os equívocos foram cometidos, em alguns casos, de forma proposital e, em outros, em razão da má interpretação dos fatos. “Com isso se põe em risco um ano de conquistas de um governo”, disse o advogado, citando números favoráveis da indústria e a queda dos juros e do dólar.

Entre os equívocos, Mariz citou a decisão da procuradoria da República de não propor punição aos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F. “Coloca-se no banco dos réus o presidente e no altar da santidade um criminoso confesso e delator. O que é isso? Em nome de que princípios se toma essa atitude?”, criticou Mariz.

Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de defesa de Temer - Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de defesa de Temer – Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados